Com o crescimento do cicloturismo, um levantamento da Booking.com indica que 20% dos viajantes brasileiros planejam, neste ano, uma viagem com foco em atividade física. Para atender a essa demanda de turismo ativo, a plataforma destacou seis destinos internacionais para pedalar: Hokkaido (Japão), Lake Tahoe (EUA), Ilha de Cape Breton (Canadá), Stavanger (Noruega), Anakiwa (Nova Zelândia) e Patagônia (Chile), reunindo rotas de natureza, cultura e esportes para perfis iniciantes e experientes.
Os itinerários combinam paisagens emblemáticas com infraestrutura e segurança no pedal. Entre os destaques estão a subida sinuosa de Lysebotn (27 curvas fechadas), a lendária Carretera Austral (mais de 1.200 km) e a Queen Charlotte Track (73,5 km), referências globais para quem busca percursos de média e alta dificuldade. As opções incluem passeios costeiros, trilhas de montanha, lagos alpinos e paradas gastronômicas, distribuídas em cidades e parques com forte apelo turístico.
Seis rotas internacionais para pedalar
Hokkaido (Japão)
A ilha mais ao norte do Japão oferece estradas largas, pouco tráfego e cenários variados, de campos de lavanda em Furano às encostas vulcânicas do Parque Nacional Daisetsuzan. As rotas costeiras pela Península de Shakotan e os circuitos ao redor do Lago Toya permitem intercalar o pedal com fontes termais e degustação de frutos do mar frescos.
Com boa sinalização e serviços de apoio, Hokkaido é adequada a quem busca turismo de natureza, clima ameno no verão e vias que favorecem o treino contínuo em longas distâncias.
Lake Tahoe (EUA)
Na Sierra Nevada, as ciclovias de Lake Tahoe atendem a todos os níveis, de famílias a ciclistas avançados. As trilhas icônicas Flume Trail e Tahoe Rim Trail oferecem vistas de alto impacto, contornando precipícios e bosques de pinheiros com o lago emoldurando o percurso.
Após o pedal, a região reúne vida noturna animada, bares tradicionais e opções à beira da praia, somando infraestrutura turística e diversidade de atividades ao ar livre.
Ilha de Cape Breton (Canadá)
A Cabot Trail, principal rota da ilha, é conhecida por curvas técnicas e mirantes voltados para o Atlântico. Para trajetos mais suaves, a Celtic Shores Coastal Trail atravessa vilarejos e praias tranquilas, favorecendo paradas culturais ao longo do caminho.
A gastronomia local valoriza frutos do mar frescos, e as festas tradicionais de influência escocesa ampliam a experiência cultural do destino.
Stavanger (Noruega)
Na costa sudoeste da Noruega, fiordes e vales verdes moldam rotas fotogênicas. Subidas rumo ao Lysefjord e à falésia de Preikestolen figuram entre os percursos mais procurados, enquanto a clássica Lysebotn desafia ciclistas com 27 curvas fechadas.
Quem prefere trajetos moderados encontra boas alternativas em praias urbanas e trilhas de montanha com vistas panorâmicas, como o topo de Dalsnuten.
Anakiwa (Nova Zelândia)
Ponto de partida da Queen Charlotte Track (73,5 km), Anakiwa concentra trilhas técnicas e trechos acessíveis, com opção de rotas mais leves como a Link Pathway. A geografia costeira favorece travessias com desníveis variados e trechos sombreados.
Entre uma pedalada e outra, dá para explorar praias isoladas ou remar de caiaque no Queen Charlotte Sound, com chance de avistar golfinhos e focas.
Patagônia (Chile)
Pedalar pela Patagônia é atravessar vales glaciais, lagos turquesa como os de Torres del Paine e cenários de vulcões e geleiras. A Carretera Austral, com mais de 1.200 km, conecta vilarejos e áreas de natureza preservada, sugerindo viagens por etapas.
Fora do pedal, localidades como El Bolsón têm feiras de artesanato e clima acolhedor, enquanto trilhas de escalada no norte revelam picos de granito e lagos alpinos — combinação ideal para quem busca integrar esporte, turismo e paisagens de alto impacto.