A proximidade do período de semeadura para a safra 2025/2026 ressalta a importância de adquirir sementes de qualidade e com a devida certificação. A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) alerta os produtores rurais para a necessidade de atenção especial à procedência, documentação e qualidade dos materiais de propagação vegetal. A fiscalização e análise das sementes em Goiás são fundamentais para assegurar que os produtos atendam às normas vigentes, evitando prejuízos para o setor agrícola.
O trabalho da Agrodefesa inclui avaliações rigorosas que consideram aspectos como pureza, germinação, infestação por outras cultivares, umidade e outros parâmetros estabelecidos pelas Regras para Análise de Sementes (RAS). Esses testes garantem que as sementes tenham características adequadas para o plantio e, consequentemente, reduzam as chances de perdas financeiras para os agricultores.
Segundo José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa, a Agência se dedica a assegurar a qualidade das sementes comercializadas no estado. Através de coletas realizadas pelos fiscais, as sementes passam por análises no Laboratório Oficial de Análise de Sementes (LabSem). “Nosso objetivo é evitar que os agricultores enfrentem dificuldades relacionadas à qualidade das sementes”, afirma. O LabSem é um dos seis laboratórios estaduais credenciados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para emitir documentos essenciais, como o Boletim de Análise de Sementes (BAS).
Esses boletins detalham a categorização das sementes, porcentagem de germinação e pureza física, essenciais para orientações ao produtor. A gerente do LabSem, Anna Carla Luccas, destaca a relevância de garantir a excelência nas sementes: “Sementes de baixa qualidade podem resultar em replantios e aumento de custos com insumos,” salienta. Esse cenário evidencia a importância de comprar materiais que estejam dentro das normas estabelecidas para evitar gastos inesperados.
Márcio Antônio de Oliveira e Silva, coordenador do Programa de Insumos Agrícolas da Agrodefesa, enfatiza que é crucial que os produtores solicitem o Termo de Conformidade e a Nota Fiscal durante as compras. Esses documentos asseguram que as sementes estão em conformidade com o Sistema Nacional de Sementes e Mudas (SNSM). A aquisição de sementes ilegais ou não certificadas acarreta riscos significativos, que podem comprometer toda a lavoura.
Entre 2022 e 2024, a Agrodefesa coletou e analisou 960 amostras de sementes, das quais 12,9% não estavam em conformidade com as normas. Em 2022, a irregularidade foi de 15,4% nas 349 amostras analisadas, enquanto, em 2023, 14,8% das 331 amostras estavam fora dos padrões. Em 2024, o índice caiu para 7,5% em 280 amostras coletadas, mas o foco principal em Goiás continua sendo a qualidade das sementes forrageiras.
Produtores que desejam verificar a qualidade de suas sementes já adquiridas podem solicitar serviços da Agrodefesa, que oferece visitas técnicas para coleta e análise, assegurando que as sementes estejam aptas para o plantio.