O Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás, conhecido como Sidago, foi instituído pelo Governo de Goiás e se destaca como uma ferramenta crucial para a gestão sanitária e a rastreabilidade no setor agropecuário brasileiro. Desenvolvido pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), o Sidago integra funcionalidades que garantem proteção sanitária e transparência em um único ambiente digital, reunindo dados sobre sanidade animal e vegetal, fiscalização e controle administrativo.
A eficácia do sistema foi recentemente demonstrada, ao apoiar investigações da Polícia Civil de Goiás que resultaram na desarticulação de um esquema de emissão fraudulenta de Guias de Trânsito Animal (GTAs). Graças aos mecanismos de auditoria e controle do Sidago, ações irregulares foram rastreadas e seus responsáveis identificados, reforçando a confiança nas operações do sistema.
Inaugurado em 2012, o Sidago surgiu para substituir a gestão fragmentada que prevalecia nas áreas de sanidade animal e vegetal. Ao centralizar operações em uma plataforma única, o sistema proporciona maior integração, agilidade e segurança nas ações da Agrodefesa.
O sistema permite a emissão de GTAs seguras, assegurando que apenas animais em conformidade sanitária possam circular entre propriedades e estados. Além disso, possibilita o controle de campanhas de vacinação, o registro de doenças e pragas, e o gerenciamento de lavouras e defensivos agrícolas, promovendo a sanidade vegetal e a segurança alimentar.
Atualmente, o Sidago conta com mais de 219 mil usuários ativos, incluindo agricultores, veterinários e empresas do setor. O sistema já é adotado em 12 estados, e está se expandindo para outras sete unidades da federação, com parcerias estabelecidas que visam otimizar as práticas de defesa agropecuária.
Adicionalmente, o Sidago se integra a diversas instituições, como o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), fortalecendo sua rede de colaboração interinstitucional.
De acordo com José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa, o Sidago é fundamental na luta contra doenças e pragas. Ele destaca que o sistema não só permite atividades auditáveis, mas também garante uma atuação coordenada entre as diversas áreas envolvidas. “Cada ação é registrada com data, usuário e IP de acesso, o que oferece segurança jurídica e transparência,” afirma.
Ramos também enfatiza que, embora o Sidago seja uma ferramenta segura, a proteção de dados é responsabilidade dos usuários. “Compartilhar informações de login pode levar a riscos significativos. É crucial que os usuários mantenham seus dados sob sigilo, assim como fariam com informações bancárias,” alerta.
Nos últimos dois anos, o sistema passou por diversas melhorias, incluindo a mudança obrigatória de senhas, ampliação das trilhas de auditoria e a opção de login via Gov.br, aumentando ainda mais a segurança dos dados.
Carlos Howes, gerente de Tecnologia da Agrodefesa, relatan que essas atualizações têm sido determinantes em recentes investigações. “O Sidago é uma base sólida para a defesa agropecuária, permitindo a identificação de acessos irregulares e garantindo a proteção do produtor rural contra fraudes,” destaca.
O Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás se reafirma como um pilar essencial para a saúde do agro goiano, e a implementação e otimização contínua do Sidago são primordial para a sustentabilidade do setor. Para saber mais sobre as iniciativas da Agrodefesa e como você pode colaborar, fique atento às atualizações no portal do governo.
