Agrodefesa Intensifica Medidas para Prevenir a Invasão da Praga Amaranthus palmeri em Goiás

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Agrodefesa Intensifica Medidas para Prevenir a Invasão da Praga Amaranthus palmeri em Goiás

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) intensificou suas atividades de educação sanitária e fiscalização para prevenir a entrada da praga quarentenária Amaranthus palmeri, conhecida como caruru-palmeri, em Goiás. A medida vem em resposta à detecção da praga no município de Guiratinga, no Mato Grosso, que fica próximo à divisa com Goiás.

A Amaranthus palmeri é uma planta daninha agressiva que pode resultar em perdas significativas na produção agrícola. Extremamente resistente a herbicidas, essa planta pode crescer até mais de dois metros e, em competição com culturas como milho, soja e algodão, pode provocar perdas de produtividade que chegam a 91%, 79% e 77%, respectivamente.

Embora ainda não haja registro da praga em Goiás, a Agrodefesa tem realizado inspeções fitossanitárias desde 2015, visando monitorar lavouras, especialmente aquelas de grandes culturas. Daniela Rézio, gerente de Sanidade Vegetal da agência, enfatiza a importância de monitorar o trânsito de máquinas e implementos agrícolas provenientes de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, dado que a falta de higienização adequada pode facilitar a disseminação da praga.

Ela ressalta que os produtores rurais desempenham um papel crucial na prevenção ao realizar a limpeza adequada de seus equipamentos, especialmente ao transitar entre diferentes propriedades. O correto manejo visa evitar a introdução de pragas de grande impacto econômico.

Estudos apontam que a introdução da Amaranthus palmeri no Brasil ocorreu, em parte, devido ao empréstimo de maquinários da Argentina, onde a planta também é prevalente. A disseminação da praga se dá pela produção de uma quantidade alarmante de sementes, com uma única planta podendo gerar de 100 mil a 1 milhão de sementes.

Para mitigar os riscos, a Agrodefesa recomenda que, em áreas afetadas, plantas em floração sejam incineradas e que outras plantas sejam corretamente extraídas e descartadas. José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa, destaca que a vigilância constante é fundamental para proteger a agricultura goiana de possíveis prejuízos, cabendo à equipe da agência desenvolver ações de monitoramento e educação sanitária.

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