O setor sucroalcooleiro do Brasil continua sendo um pilar importante da economia nacional e global, destacando-se como o maior produtor e exportador de açúcar do mundo. Com produção de 43 milhões de toneladas, o Brasil representa 23% do total global, direcionando 34,5 milhões de toneladas para o mercado externo. Os principais concorrentes na produção de açúcar são a Índia, União Europeia e China.
Em etanol, o Brasil é o segundo maior produtor, apenas atrás dos Estados Unidos, e se destaca na utilização de energia renovável, especialmente com veículos flexíveis, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis.
Para a safra 2024/25, a produção de cana-de-açúcar no Brasil é estimada em 676,9 milhões de toneladas, a segunda maior da história. Em Goiás, a expectativa é ainda mais otimista, com 78,5 milhões de toneladas produzidas em 969,7 mil hectares. Essa safra deve trazer um aumento de 8,8% na produção goiana de açúcar, alcançando 2,9 milhões de toneladas. O crescimento é atribuído a condições climáticas favoráveis e aumento da área plantada.
No Centro-Sul, a principal região sucroalcooleira do país, a produção total de etanol está projetada em 34,9 bilhões de litros, representando 94% da produção nacional. Para 2025/26, espera-se uma leve queda na produção de cana, mas um aumento na produção de açúcar em 4%, totalizando 41,8 milhões de toneladas.
As cotações de açúcar cristal enfrentaram oscilações em 2024, com uma desvalorização inicial seguida de uma alta significativa em novembro. Embora 2025 tenha começado com preços em queda, uma leve recuperação foi observada em abril. Para o etanol em Goiás, os preços se valorizaram substancialmente em 2024, especialmente no etanol anidro.
No exterior, 2024 foi um ano de recordes para as exportações brasileiras do complexo sucroalcooleiro, totalizando 39,7 milhões de toneladas, respondendo por 12% do faturamento do agronegócio nacional. O aumento contínuo desde 2022 e a limitação de exportações da Índia foram fatores favoráveis à competitividade brasileira. No entanto, o início de 2025 viu uma queda nas exportações goianas, afetadas pela diminuição das compras da Índia e do Egito.
Goiás destacou-se pela maior remuneração do açúcar refinado em comparação à média nacional, além de diversificação nos mercados para exportação.
Com relação à cana-de-açúcar em Goiás, os produtores têm adotado tecnologias avançadas para otimizar o cultivo, incluindo mecanização e bioinsumos. Essas práticas visam maior sustentabilidade, produtividade e competitividade, posicionando Goiás como um dos líderes nesse setor no Brasil.
Os desafios climáticos e de mercado exigem adaptabilidade, mas as perspectivas para o setor sucroalcooleiro permanecem positivas, com oportunidades potenciais para o Brasil no cenário internacional, alimentadas pela demanda crescente por biocombustíveis.