No mercado interno, as cotações da soja apresentaram uma leve retração ao longo de maio, com uma média de R$133,10 por saca, representando uma queda de 1,2% em relação ao mês anterior. Em contrapartida, no cenário internacional, os contratos futuros na Bolsa de Chicago (CBOT) demonstraram valorização, atingindo aproximadamente R$127,32 por saca, impulsionados por expectativas positivas nas relações comerciais entre Estados Unidos e China.
Entre janeiro e abril de 2025, o Brasil exportou 37,4 milhões de toneladas de soja em grão, um crescimento de 1,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Goiás se destacou nesse contexto, contribuindo com 5,0 milhões de toneladas, o que equivale a 13,6% das exportações do país, consolidando o estado como o segundo maior exportador do grão.
O mercado de óleo de soja também teve um desempenho robusto, com o Brasil exportando 502,6 mil toneladas entre janeiro e abril, o que representa um aumento de 30,1%. A Índia se destacou como o principal destino dessas exportações. Goiás, por sua vez, registrou um crescimento de 40,8% em relação ao primeiro quadrimestre do ano anterior, exportando 67,5 mil toneladas de óleo. Essa diversificação no complexo soja reforça a posição estratégica do estado no agregado de valor dessa cadeia produtiva.
À medida que a colheita da safra 2024/25 chega ao fim, o foco da cadeia produtiva da soja se volta para o planejamento do próximo ciclo. Para a safra 2025/26, as projeções indicam um aumento médio nos custos de produção, principalmente devido à alta nos preços dos fertilizantes e de alguns defensivos agrícolas. O custo de produção poderá ultrapassar R$5.311,20 por hectare, conforme registrado na última safra em Rio Verde (Goiás), mesmo com a expectativa de redução nos preços das sementes e fungicidas.