A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia ressaltou a relevância da atenção básica como a principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa abordagem é crucial para a prevenção de doenças e alívio da carga sobre os serviços de urgência e emergência. Um levantamento realizado pela pasta entre janeiro e julho de 2025 revelou que, apesar da oferta de 150 mil consultas médicas, aproximadamente 43,8 mil pacientes não compareceram aos atendimentos agendados, resultando em uma taxa de absenteísmo de 28%. Essa situação afeta negativamente o funcionamento da rede pública de saúde.
Dentre as especialidades, a área de clínico geral registrou 27.591 faltas em 98.089 agendamentos. Na seção de ginecologia, 8.819 pacientes não compareceram, e na pediatria, 7.411 crianças deixaram de comparecer a 26.271 consultas agendadas.
Luiz Pellizzer, secretário municipal de Saúde, enfatizou a importância dos atendimentos na atenção básica para a detecção precoce de doenças e o manejo de condições crônicas. Ele apontou que tais consultas não apenas evitam o agravamento de problemas de saúde, mas também diminuem a demanda por atendimentos em unidades de alta complexidade. “Estudos do Ministério da Saúde mostram que cerca de 85% dos atendimentos em serviços de urgência poderiam ser resolvidos na atenção primária”, afirmou Pellizzer.
A rede de atenção básica disponibiliza consultas com clínicos gerais, ginecologistas, pediatras e médicos de família e comunidade, que são responsáveis por encaminhar pacientes para outras especialidades quando necessário.
Dayana Faria, diretora de atenção primária da SMS, afirmou que a falta dos pacientes compromete o fluxo de cuidados. “Quando um paciente não comparece a uma consulta programada, essa vaga poderia ser utilizada por outro, o que atrasa atendimentos e sobrecarrega a rede, potencialmente levando a situações de agravamento que poderiam ser evitadas”, explicou.
Foto: SMS