Pressão Aumenta na Retomada das Negociações da COP30 em Belém
As negociações da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorre em Belém, estão chegando à sua fase final e, com isso, a pressão sobre os negociadores intensifica-se. Movimentos sociais e entidades da sociedade civil continuam a se manifestar, exigindo que medidas concretas sejam tomadas. Nesta quarta-feira, dia 19, o local conhecido como Zona Azul foi o cenário de pelo menos duas manifestações clamando pelo término do uso de combustíveis fósseis, um dos temas centrais na luta contra a emergência climática.
Do lado externo do evento, ativistas se concentraram na entrada principal, enquanto outro grupo fazia protestos no interior do espaço. As exigências eram unânimes: “Combustíveis fósseis têm que acabar”, reforçando a urgência de ações decisivas. Este foco ressalta a necessidade de revisão das políticas energéticas mundiais.
Durante os atos, a participação no debate foi um tema recorrente, especialmente a inclusão de grupos minoritários. Lucca Arantes, representante da organização internacional Life of Pachamama, destacou a crítica à exclusão da voz dos povos amazônicos nas decisões que moldarão o futuro do planeta. “A Amazônia não é apenas um número em relatórios. É composta por pessoas, e a juventude está sobrecarregada por uma crise que não originou”, ressaltou.
Lucca Arantes afirmou: “Como uma conferência que aborda o futuro pode ignorar aqueles que realmente viverão este futuro? É inaceitável que um evento global decida os caminhos do planeta sem escutar a Amazônia.”
Por outro lado, no interior da conferência, as mesmas demandas foram feitas em relação a acabar com a queima de combustíveis fósseis, com foco especial no Sul Global, incluindo regiões como América Latina, Ásia e África. De acordo com o Observatório do Clima, a utilização desses combustíveis é responsável por 75% dos problemas climáticos enfrentados mundialmente.
