Na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) em Belém, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou a criação de um fundo destinado ao financiamento da transição energética em países em desenvolvimento, utilizando recursos gerados pela exploração de petróleo. Este anúncio ocorreu na sexta-feira, dia 7 de outubro, durante a abertura de uma das sessões temáticas do evento climático. O objetivo é apoiar iniciativas que promovam alternativas energéticas mais sustentáveis.
Ainda que o petróleo continue sendo uma importante fonte de energia, sua combustão resulta na emissão de gases poluentes que afetam o meio ambiente. Assinalando a urgência desta questão, Lula declarou que a “Terra não comporta mais” a dependência de combustíveis fósseis. Assim, ele enfatizou a necessidade de encontrar soluções que visem minimizar os impactos das mudanças climáticas por meio de um comprometimento global.
Durante sua fala, o presidente sugeriu a ideia de troca de dívidas por financiamentos que incentivem projetos focados na mitigação das mudanças climáticas e na promoção de energias renováveis, o que deverá ajudar na redução da pobreza energética em diversas regiões. A troca de dívida poderia ser uma alternativa inovadora para viabilizar recursos para iniciativas sustentáveis.
Lula também abordou a questão dos conflitos internacionais, destacando que esses eventos dificultam os esforços globais em favor do clima. Ao discutir energias limpas, o presidente resaltou a relevância dos minerais críticos, como lítio, cobalto e nióbio, elementos essenciais na produção de baterias e outras tecnologias limpas.
Enfatizando a diversidade nas matrizes energéticas, Lula pediu um compromisso mais sólido dos países na ampliação das fontes renováveis e na implementação de combustíveis sustentáveis, que devem ser parte integrante da estratégia global de combate às alterações climáticas. O líder brasileiro também recordou o Acordo de Paris, que deverá completar uma década em 2025, ressaltando que a participação dos combustíveis fósseis na matriz energética global apenas caiu de 83% para 80% desde sua assinatura.
