O conceito de “lixo zero” está ganhando destaque como uma premissa fundamental para a sustentabilidade e a proteção ambiental. Essa abordagem busca garantir que os resíduos gerados sejam, na sua maior parte, recicláveis, compostáveis ou reutilizáveis. Em 2023, cada brasileiro descartou aproximadamente 382 quilos de resíduos, incluindo alimentos estragados, plásticos e eletrônicos, muitos dos quais foram jogados de maneira inadequada e podem causar danos severos ao meio ambiente.
O cenário alarmante desencadeou uma onda de conscientização e ações voltadas para a preservação ambiental. Um exemplo notável é o comunicador e geógrafo Gabriel Ferri, que utiliza suas plataformas para promover uma gestão de resíduos mais consciente. Ele enfatiza a importância de pequenas ações diárias, como a separação correta dos recicláveis, que não só ajudam o meio ambiente, mas também sustentam pessoas que dependem da reciclagem para viver.
Ferri também destaca a compostagem como uma solução eficaz para as sobras de alimentos. Ele sugere que os cidadãos adquiram composteiras ou construam suas próprias, utilizando recipientes simples, e ressalta a importância de empresas que fazem a coleta desses resíduos orgânicos, transformando-os em adubo e contribuindo para o fechamento do ciclo de produção.
Um dos desafios enfrentados na gestão do lixo é a falta de informações sobre o que é reciclável. Ferri aponta que muitos têm dúvidas, principalmente sobre resíduos contaminados que não podem ser reciclados. A higienização de embalagens antes do descarte é uma medida simples, mas eficaz.
Repensar os hábitos de consumo também é essencial, segundo o geógrafo. Ele recomenda que as pessoas questionem suas escolhas de compra, considerando a origem e o impacto de seus produtos, o que pode levar a uma redução significativa na geração de resíduos.
A gestão de resíduos no Brasil é regulamentada pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída em 2010, que promove práticas de reciclagem e sustentabilidade. O recente decreto de 2022 visa implementar diretrizes para desativar os lixões e aumentar para 50% a taxa de reciclagem nos próximos 20 anos. Atualmente, apenas 2,2% dos resíduos gerados são reciclados, revelando a urgência de um compromisso coletivo com a causa.