Na Câmara de Aparecida de Goiânia, foi realizada uma audiência pública que teve como foco a inclusão e os direitos da população neurodivergente. O evento contou com a presença de diversas autoridades, incluindo a vereadora e procuradora da mulher, Camila Rosa, além de representantes de instituições e associações que atuam em prol das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Durante a audiência, foram abordadas questões fundamentais, como a proposta de criação de um Comitê Permanente da Pessoa com Autismo, com o intuito de fomentar o diálogo entre famílias, associações e o poder público municipal. A necessidade de fiscalização rigorosa da Lei Berenice Piana, que garante direitos aos autistas, e a solicitação de atendimento prioritário em saúde mental para os pais atípicos também foram destacados.
Emocionantes relatos de mães de crianças autistas, como Lucélia Araújo, evidenciaram as dificuldades enfrentadas no dia a dia, incluindo a falta de apoio para transporte e a precariedade dos programas de inclusão nas atividades culturais do município. A mãe Rafaela do Carmo compartilhou experiências semelhantes ao lidar com o acompanhamento escolar de seu filho.
O diretor da Clínica TEIA sublinhou a importância de um enfoque integrado nas políticas públicas, abrangendo saúde, educação e assistência social. O maestro da Escola de Música de Aparecida anunciou que está desenvolvendo um projeto específico para crianças neurodivergentes, visando promover um suporte pedagógico adequado.
Os depoimentos emocionantes, especialmente de uma mãe que clamou por ajuda, foram momentos marcantes da audiência, reforçando a importância de uma resposta coletiva às necessidades das famílias neurodivergentes. Os vereadores presentes, como Tatá Teixeira e Tales de Castro, se comprometeram a transformar as propostas discutidas em ações efetivas, reiterando o compromisso com a inclusão social.
Ao final da audiência, foram definidas várias ações, incluindo a criação de um cronograma para assegurar a presença de professores de apoio nas escolas, a constituição do Comitê Municipal Permanente de Apoio à Pessoa com Autismo e a necessidade de capacitação contínua dos funcionários das áreas de educação e saúde, além de melhorias para os serviços já existentes.