A 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, realizada em Brasília, chegou ao fim nesta sexta-feira (9), após debater mais de duas mil propostas para enfrentar a emergência climática no Brasil. Durante o evento, 100 propostas foram eleitas pelos cerca de 1,5 mil delegados presentes, representando diversos estados e o Distrito Federal.
No encerramento, foram apresentadas as dez propostas mais votadas, que incluem a destinação de, no mínimo, 5% do orçamento dos entes da federação para implementar a Política Nacional de Meio Ambiente, a implementação da educação ambiental em todos os níveis de ensino, e o fortalecimento das brigadas florestais através da criação de um sistema de brigadas populares, voluntárias e comunitárias.
Além dessas, outras ideias destacadas incluem a criação do Plano Nacional de Regularização Fundiária, o fortalecimento de comitês das bacias hidrográficas e planos de resíduos sólidos, além de pautas relacionadas à justiça climática.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou que as propostas refletem a agenda do século XXI e destacou que a continuidade da emissão de gases de efeito estufa no planeta é resultado de uma “decisão política”. Ela enfatizou a necessidade de transição para energias renováveis e criticou os investimentos em produtos de alta emissão de carbono.
O clima de despedida foi palpável, com a chegada dos ônibus das caravanas que retornaram a seus estados, levando consigo a satisfação de contribuírem para as discussões. A conferência, realizada após 11 anos de hiato, teve como tema “Emergência Climática: o Desafio da Transformação Ecológica”, e incluiu palestras, debates e grupos de trabalho distribuídos em cinco eixos temáticos.