São Paulo (SP) – Nos dias 21 a 23 de agosto, o 9º Salão do Turismo, realizado no Distrito Anhembi, foi palco da apresentação da nova versão do painel Vai Turismo – Inteligência Competitiva. A iniciativa é promovida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e tem como objetivo agregar e organizar informações do setor para auxiliar na formulação de políticas públicas e decisões estratégicas.
A gerente do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da CNC, Aline Lopes, anunciou que o painel Vai Turismo surgiu em 2020, no contexto da pandemia, como uma forma de articular entidades, governos e o setor turístico. “O turismo é uma rede de conexões essenciais, e nossa meta sempre foi promover a implementação de políticas públicas eficazes. Em 2024, garantimos que todos os estados apresentassem propostas específicas para o setor”, destacou.
Segundo Lopes, mais de 30 entidades contribuíram para o desenvolvimento do projeto, incluindo Sebrae, Abav, Sesc e Senac, envolvendo cerca de 1,8 mil profissionais em oficinas e diagnósticos. “Essa colaboração permitiu a consolidação de políticas públicas em nível nacional, levando a uma ferramenta inovadora para inteligência e competitividade”, acrescentou.
A apresentação do painel foi realizada por Enzo Arns e Luciano Meneghetti, representantes da GKS Inteligência Territorial, que explicaram que a plataforma recebeu um redesenho visando facilitar o acesso e permitir análises por estado, região e segmento. “Criamos um ambiente mais acessível, conectando dados ao Plano Nacional de Turismo. Isso possibilita verificar como cada projeto se alinha às metas nacionais, aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e aos Destinos Turísticos Inteligentes (DTI)”, esclareceu Arns.
Hoje, o painel abriga mais de 1,3 mil projetos cadastrados, com um orçamento total que supera R$ 46 bilhões. As informações podem ser filtradas por status de execução, responsáveis institucionais e parceiros financeiros. “A valiosa combinação de dados primários, provenientes de ministérios e secretarias, com dados secundários, como pesquisas de mercado, possibilita a análise de tendências e a elaboração de novas recomendações para as eleições de 2026”, ressaltou Meneghetti.
Além disso, a plataforma permite análises comparativas entre regiões e estados, bem como relatórios sobre investimentos em mobilidade, sustentabilidade e infraestrutura turística. “É uma ferramenta que proporciona transparência e visibilidade às ações em andamento, permitindo acompanhar resultados e sugerir melhorias”, destacou.
Concluindo a apresentação, Arns anunciou que o próximo ciclo incluirá oficinas estaduais e um engajamento ampliado de secretarias municipais e entidades de classe. “A eficácia deste painel depende da participação ativa do setor e das instâncias de governança. É uma construção coletiva para evidenciar a relevância do turismo no desenvolvimento econômico e social do Brasil”, finalizou.
