Com a proximidade da COP-30, a trigésima Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que ocorrerá de 10 a 21 de novembro em Belém, Pará, as discussões sobre o futuro ambiental do planeta se intensificam. Líderes globais, cientistas e representantes da sociedade civil se reunirão para debater temas cruciais como redução de emissões, investimento em energias renováveis, preservação de florestas, biodiversidade e justiça climática.
Esse movimento em prol do meio ambiente possui raízes que remontam a 1997, quando se estabeleceu um tratado internacional visando a diminuição das emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa. O Protocolo de Quioto, que entrou em vigor em 2005, surgiu como o primeiro acordo global contra a poluição, impondo obrigações rigorosas aos países desenvolvidos para que reduzissem suas emissões em cerca de 5% até 2012, com base nos níveis de 1990.
O documento, assinado na cidade japonesa de Kyoto, visava pressionar as nações mais poluentes para uma redução ainda maior. De fato, ao menos 30 países industrializados se comprometeram a essa meta, abrindo caminho para uma nova era de legislação ambiental. O especialista do WWF-Brasil, Alexandre Prado, destaca o impacto transformador desse acordo.
Com o Protocolo de Quioto, foi criado um sistema de créditos de carbono, permitindo que países que lograram reduzir suas emissões pudessem vender créditos para aqueles que não conseguiram atender as metas. Este mecanismo, além de promover um rigoroso monitoramento das transações, também teve como objetivo ajudar os países a se adaptarem aos efeitos das mudanças climáticas e a desenvolver tecnologias resilientes.
A legislação ambiental brasileira, conforme salientado por Prado, avançou significativamente como consequência deste tratado internacional. Em 2015, o mundo deu mais um passo com a adoção do Acordo de Paris, que substituiu o Protocolo de Quioto e permanece em vigor. Até agora, 194 países se comprometeram a limitar o aumento da temperatura global a abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais, reafirmando seu compromisso com a sustentabilidade.
Com a COP-30, espera-se que as discussões sobre financiamento para o desenvolvimento sustentável e as metas de descarbonização ganhem destaque. A conferência pretende reforçar os avanços em sustentabilidade e na economia verde, engajando todos os países na luta contra as mudanças climáticas.
Nos próximos meses, os olhos do mundo se voltarão para a região amazônica, que abriga a maior floresta tropical do planeta, refletindo a importância do norte do Brasil no combate às mudanças climáticas. A COP-30 representa uma oportunidade vital para que líderes globais venham juntos em busca de soluções inovadoras e eficazes.