As crises climáticas estão se tornando uma constante nos noticiários e na vida cotidiana dos brasileiros. O Rio Grande do Sul enfrenta chuvas devastadoras, enquanto o Nordeste vive secas mais intensas. Na Amazônia, episódios de alagações e estiagens atingem níveis históricos, enquanto o Cerrado e o Pantanal lidam com incêndios que geram grandes problemas para a saúde urbana em cidades como Brasília, Santarém e São Paulo.
Cientistas alertam que esses fenômenos se tornarão mais frequentes e severos devido ao aquecimento global, uma preocupação expressa há mais de três décadas. A situação exige ações urgentes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas que já impactam a vida na Terra.
Nos próximos dias, o Brasil será palco da 30ª Conferência das Partes, a COP30, que ocorrerá de 10 a 21 de novembro em Belém, no coração da Amazônia. Este evento é crucial para as discussões globais sobre o clima.
A Cúpula de Chefes de Estado, agendada para os dias 6 e 7 de novembro, reunirá líderes internacionais que estabelecerão metas e diretrizes para as negociações climáticas. A COP foi inaugurada pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, firmada em 1992 durante a ECO92, também realizada no Brasil.
Atualmente, a convenção conta com a participação de 198 países e busca estabilizar a concentração de gases de efeito estufa, visando evitar danos severos ao sistema climático causado por atividades humanas. De acordo com o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima), a temperatura da Terra já aumentou 1,1 grau Celsius desde a Revolução Industrial. O painel alerta que, se as emissões não forem reduzidas, poderemos nos aproximar de 2 graus de aquecimento até 2030.
A Radioagência Nacional está preparando uma série de dez episódios que abordarão os principais tópicos da COP30 e dos acordos climáticos da ONU, com publicação programada para terças e quintas. A conferir na próxima semana como será a Conferência de Belém.