Atualmente, mais de 3,5 bilhões de pessoas em todo o mundo enfrentam condições vulneráveis a secas, ondas de calor, inundações e insegurança alimentar. Essa situação é alarmante e tende a se agravar à medida que a temperatura global continua a aumentar.
A COP 30, Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, ocorrerá em novembro no Pará, com o objetivo central de discutir a Meta Global de Adaptação às Mudanças Climáticas. Este compromisso, que faz parte do Acordo de Paris, visa reduzir a vulnerabilidade das comunidades em relação aos impactos climáticos.
A conferência pretende estabelecer normas e até 100 indicadores para monitorar a implementação dessa meta, levando em conta as particularidades dos países signatários, como detalha Miriam Garcia, gerente de políticas climáticas da WRI Brasil, uma organização dedicada ao estudo de natureza e clima.
O Brasil enfatiza que a Meta Global deve priorizar as necessidades e capacidades das nações mais vulneráveis, levando em consideração as responsabilidades históricas e o suporte internacional necessário.
No entanto, há divergências em relação ao financiamento necessário para alcançar essa meta, especialmente com países desenvolvidos. Segundo Miriam Garcia, existe uma relação direta entre o financiamento climático e a Meta de Adaptação, frequentemente referida como GGA.
A agenda de adaptação climática, que será debatida na COP 30, abrange diversas áreas, incluindo sistemas de alerta, gestão de riscos de desastres, recuperação de ecossistemas, planos de desenvolvimento urbano, saúde pública e segurança alimentar.