Um investimento anual de um trilhão e trezentos bilhões de dólares para apoiar o financiamento climático em nações em desenvolvimento até 2035 foi anunciado como parte de um plano estratégico durante a COP29, realizada em Baku, a capital do Azerbaijão, no ano passado. A iniciativa foi reafirmada antes da COP30, que ocorrerá na próxima semana em Belém, no estado do Pará.
Intitulado “Mapa do Caminho de Baku a Belém”, o projeto foi revelado em uma apresentação nesta quarta-feira (5). Os presidentes das conferências, Mukhtar Babayev, da %COP29%, e André Corrêa do Lago, da %COP30%, destacaram que a meta de financiamento é factível, porém requer um esforço coletivo, envolvendo tanto fontes tradicionais de recursos quanto a implementação de mecanismos financeiros inovadores.
O documento delineia cinco áreas prioritárias para o cumprimento dos objetivos propostos: aumentar a ajuda financeira com empréstimos e recursos a juros baixos; gerenciar eficientemente as contas e controlar dívidas; fomentar a participação do setor privado em projetos climáticos; coordenar iniciativas abrangentes para a sustentabilidade ambiental; e alterar as normas que regem o financiamento para garantir uma distribuição mais equitativa dos recursos.
Se a meta for atingida até 2035, a expectativa é que a próxima década proporcione avanços significativo em adaptabilidade às mudanças climáticas, energia renovável e segurança alimentar nos países em desenvolvimento.
Na visão de André Corrêa do Lago, a implementação desse plano não depende obrigatoriamente da concordância de todos os países. Para ele, o relatório serve como ponto de partida para unir as nações em um esforço conjunto e promover uma era de maior transparência no que tange ao financiamento climático.
