Curupira: símbolo da Amazônia e mascote da COP30, reforça proteção do clima na Conferência do Clima em Belém

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Curupira: símbolo da Amazônia e mascote da COP30, reforça proteção do clima na Conferência do Clima em Belém

Em meio às florestas brasileiras, uma figura lendária com cabelos ruivos e pés voltados para trás observa atentamente os visitantes. Este personagem, conhecido como Curupira, age de acordo com o comportamento das pessoas em relação à natureza. Para aqueles que desrespeitam a floresta, como ao realizar desmatamento ou caça excessiva, o Curupira pode se tornar um verdadeiro pesadelo, fazendo-os se perderem. Em contrapartida, é um guardião que protege aqueles que respeitam e cuidam do meio ambiente.

Brasília - 01/07/2025 - Curupira é a mascote da COP30 - Foto: Divulgação/COP30
Brasília - 01/07/2025 - Curupira é a mascote da COP30 - Foto: Divulgação/COP30
Brasília – 01/07/2025 – Curupira é o mascote da COP30 – Foto: Divulgação/COP30

Reconhecido como um dos mais icônicos mitos da cultura brasileira, o Curupira foi escolhido como símbolo visual da COP30, que será realizada entre 10 e 21 de novembro em Belém, Pará. O evento, que contará com a presença de líderes mundiais, também incluirá uma Cúpula dos Chefes de Estado nos dias 6 e 7 de novembro.

História e Significado do Curupira

A figura do Curupira, reconhecida como protetor das florestas, é um personagem que se estende por diversas regiões do Brasil, onde é conhecido por nomes como Curupi e Coropira. O termo origina-se do tupi-guarani, onde “curumim” significa menino e “pira” se refere a corpo. As primeiras menções documentadas sobre o Curupira surgiram na carta do padre jesuíta José de Anchieta, datada de 1560, que descreveu o espírito como uma ameaça aos indígenas nas matas.

“É coisa sabida e pela boca de todos corre, que já certos demônios e que os brasis chamam coropira, que acometem aos índios muitas vezes no mato, dão-lhe de açoites, machucam-nos e matam-nos. São testemunhas disto os nossos irmãos, que viram algumas vezes os mortos por eles.”

Divulgada em julho, a identidade visual da COP30 com o Curupira busca ressaltar o compromisso do Brasil com a preservação ambiental e a luta contra as mudanças climáticas, visando a redução das emissões de gases do efeito estufa.

Curupira no Desfile da Independência

Recentemente, em setembro, a figura do Curupira fez sua estreia como mascote durante o desfile do Dia da Independência no Distrito Federal. Essa é a primeira vez que uma conferência climática da ONU conta com um símbolo tão representativo.

Brasília (DF), 07/09/2025 - Mascote da COP30 participa de desfile do Dia da Independência. Foto: José Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF), 07/09/2025 - Mascote da COP30 participa de desfile do Dia da Independência. Foto: José Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF), 07/09/2025 – Mascote da COP30 participa de desfile do Dia da Independência. Foto: José Cruz/Agência Brasil – José Cruz/Agência Brasil

As Conferências do Clima, que tiveram início com a ECO92 no Rio de Janeiro, sempre apresentam uma identidade visual, simbolizando a conexão entre a cultura do país anfitrião e a sustentabilidade. Isso se repete na COP30, que vem com um forte apelo à conservação da natureza.

Símbolos de COPs Anteriores

A COP29, realizada em 2024 no Azerbaijão, trouxe um ícone inspirado no motivo buta, com cinco folhas entrelaçadas representando a interdependência entre os seres humanos e a natureza, envolvendo aspectos como flora, fauna, água e energia.

Na próxima edição da nossa série, abordaremos como são estruturados os debates e acordos durante as Conferências do Clima.

*Com sonoplastia de Jailton Sodré e locução de Guilherme Strozi.

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