Estudo revela que atividades culturais online superam as presenciais entre brasileiros, com 90% de preferência.

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Estudo revela que atividades culturais online superam as presenciais entre brasileiros, com 90% de preferência.

A crescente preferência dos brasileiros por atividades culturais on-line foi evidenciada na sexta edição da pesquisa “Hábitos Culturais”, conduzida pelo Observatório da Fundação Itaú. O levantamento, realizado entre 11 e 26 de agosto, entrevistou 2.432 pessoas com idades variando de 16 a 65 anos, revelando que 90% dos participantes se dedicaram a atividades culturais digitais, superando os 84% que participaram de eventos presenciais.

Entre as atividades on-line mais populares, destaca-se a prática de ouvir música, que conta com a participação de 85% dos entrevistados. Também se destaca o consumo de filmes em plataformas de streaming, com 74% dos participantes, e a apreciação de séries, na qual 70% relataram ter envolvimento. Esses hábitos mostram uma clara tendência em favor do consumo digital de arte e cultura.

Quando o foco se volta para as atividades presenciais, eventos ao ar livre foram as preferências de 61% dos entrevistados. Shows e festas populares também se destacam, com 45% e 42%, respectivamente. É interessante notar que 61% do público que participa de atividades culturais presenciais frequenta esses eventos ao menos uma vez por mês, com aproximadamente um terço desse grupo comparecendo semanalmente. No entanto, esses índices permanecem praticamente inalterados em comparação ao ano anterior.

Um dado preocupante emergiu da pesquisa: mais de 30% dos entrevistados indicaram que as razões financeiras e a falta de segurança os impedem de participar de atividades culturais presenciais. Ademais, 21% mencionaram preocupações com a violência contra mulheres em espaços culturais e seus arredores como uma barreira adicional para a participação em eventos ao vivo.

O estudo, com uma renda familiar média de R$ 4,6 mil, promove uma reflexão sobre o acesso à cultura no Brasil, destacando as disparidades que ainda persistem. Para mais informações, o relatório completo pode ser acessado no site da Fundação Itaú.

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