O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), declarou situação de emergência zoossanitária no estado para mitigar o risco da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). A medida, formalizada no decreto n° 10.693 em 17 de maio, é preventiva e visa reforçar as ações de vigilância e resposta à doença, mesmo com o estado não registrando casos até o momento.
Essa decisão foi tomada em alinhamento às diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que prorrogou por 180 dias a emergência zoossanitária nacional, após a confirmação de um caso do vírus em um matrizeiro de aves comerciais no Rio Grande do Sul. Goiás já havia adotado o Decreto nº 10.297 em agosto de 2023, também estabelecendo um estado de emergência preventiva.
O novo decreto, que terá validade de 180 dias, busca garantir a mobilização rápida de recursos e a implementação de ações eficazes em caso de focos da doença no território goiano. O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, ressaltou a importância da medida para proteger os plantéis e a economia do estado, visto que Goiás ocupa a 4ª posição na produção avícola nacional, sendo um setor fundamental para o agronegócio.
A avicultura é crucial para Goiás e para o Brasil, com o país produzindo cerca de 15 milhões de toneladas de carne de frango em 2024 e se mantendo como o maior exportador do mundo. Apenas em Goiás, o setor gera mais de 240 mil empregos diretos.
O decreto busca reforçar a coordenação entre instituições e aumentar a eficácia das medidas de biossegurança. “Manter Goiás livre da influenza aviária é essencial para garantir a segurança alimentar e a continuidade dos mercados internacionais”, afirmou José Ricardo Caixeta Ramos.
Os principais objetivos da decretação da emergência incluem garantir suporte técnico e financeiro para ações emergenciais, mitigar riscos, fortalecer a integração institucional, proteger a saúde humana e animal e manter a estabilidade econômica do setor avícola goiano.
A Agrodefesa enfatiza a importância da colaboração da população e dos produtores, que devem ficar atentos às medidas de biosseguridade e reportar qualquer ocorrência suspeita de doença aviar por meio dos canais oficiais da instituição.
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