O Estado de Goiás, um dos maiores polos da avicultura no Brasil, está implementando estratégias rigorosas para garantir a sanidade e a segurança alimentar na região. Apesar de não haver registros de casos de gripe aviária, o Governo de Goiás, através da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), segue ações preventivas para manter o estado livre da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). As medidas incluem vigilância ativa de aves silvestres e domésticas, monitoramento constante e capacitação de equipes técnicas.
Como parte dessas iniciativas, o governo se prepara para publicar um novo decreto de emergência zoossanitária em alinhamento com a prorrogação de 180 dias da emergência nacional anunciada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Este decreto visa fortalecer a colaboração entre o setor público e privado nas ações de prevenção, assim como agilidade nas respostas a eventuais casos da doença.
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, destaca que a opção por restabelecer o decreto é uma reafirmação do compromisso do estado com a saúde animal, humana e a estabilidade econômica do setor avícola. Desde janeiro de 2024, Goiás já mantinha ações contínuas de vigilância, que agora serão ampliadas com a formalização do novo ato normativo.
Entre as ações em andamento, estão a fiscalização de granjas comerciais e de subsistência, além de áreas próximas a rotas de aves migratórias. A Agrodefesa também investe na capacitação de seus servidores para detecção precoce da doença, campanhas educativas aos produtores rurais e médicos veterinários e um reforço das medidas de biosseguridade nas granjas.
O diretor de Defesa Agropecuária da Agrodefesa, Rafael Vieira, reforça que o estado está em alerta desde 2023, com equipes prontas para agir rapidamente, garantindo a proteção do plantel avícola e da população.
Goiás ocupa a quarta posição entre os maiores produtores de aves do Brasil, com regiões como Itaberaí e Rio Verde sendo destaque nacional. O setor emprega mais de 240 mil pessoas e é vital para a economia local. A solidez das ações sanitárias tem contribuído para manter a credibilidade do estado perante os mercados consumidores, além de reforçar a imagem da avicultura goiana no cenário internacional.
Desde 2006, há circulação do vírus da gripe aviária em várias partes do mundo, com o Brasil registrando casos em aves silvestres ou de subsistência. Recentemente, o primeiro caso em aves comerciais foi confirmado no Rio Grande do Sul. Porém, Goiás não apresenta casos da doença até o momento.
A Agrodefesa alerta a população para identificar sinais de gripe aviária, como tosse, espirros, lesões hemorrágicas e outros sintomas em aves. A transmissão para humanos é considerada rara e ocorre apenas com contato direto e contínuo com aves infectadas, não através de produtos como carne ou ovos.
Os cidadãos devem reportar qualquer suspeita de gripe aviária à Agrodefesa, que disponibiliza o sistema e-Sisbravet e um canal de contato por telefone e WhatsApp.