Goiás encerrou o segundo trimestre de 2025 com 3,89 milhões de pessoas ocupadas (+1,9% ante o trimestre anterior), novo recorde histórico, enquanto a taxa de desemprego recuou para 4,4%, o menor nível em 12 anos. Os números, da PNAD Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e avaliados pelo Instituto Mauro Borges de Pesquisa e Política Econômica (IMB), refletem a tração do mercado de trabalho estadual e o avanço da economia local.
Com desempenho acima da média do país, a economia goiana combinou criação de vagas e ganho de renda, dando robustez ao ambiente de negócios e ao turismo de negócios. O estado tem a 9ª menor taxa do país e opera abaixo da média do Brasil (5,8%), além de registrar nível de desocupação inferior ao de economias da OCDE. O movimento reforça o papel do mercado formal na dinamização do consumo e da atividade.
O avanço foi disseminado entre setores. No comércio, houve alta de 6,5%, com 820 mil postos, o terceiro melhor desempenho entre as unidades da federação. O segmento de serviços também atingiu máxima histórica, reunindo 2,01 milhões de trabalhadores, sinal de retomada consistente em atividades de atendimento, logística e economia criativa.
Na indústria, o número de ocupados cresceu 1,3% e chegou a 478 mil. A agropecuária avançou 1,7%, com 265 mil pessoas, reafirmando o peso do campo na produção e no emprego. A construção foi a única a recuar (-1,6%), totalizando 316 mil trabalhadores.
Para a gestão estadual, os dados consolidam medidas adotadas desde 2019. O secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, avalia que a recuperação fiscal e a previsibilidade regulatória favoreceram a geração de empregos em diferentes frentes. Já o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Joel de Sant’Anna Braga Filho, ressalta que a combinação de segurança jurídica, incentivos fiscais e qualidade de vida fortalece a confiança do empresariado e a expansão de investimentos.
Desemprego em queda

A desocupação de 4,4% está abaixo da média das economias da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) (4,9%). Em relação ao trimestre anterior, o recuo foi de 0,9 ponto percentual; na comparação anual, de 0,8 ponto percentual. É o menor patamar em aproximadamente 12 anos, colocando o estado com a nona menor taxa do país e 1,4 ponto abaixo da média nacional de 5,8%.
Renda e massa salarial em alta
Os goianos também ampliaram ganhos. O rendimento médio real mensal atingiu R$ 3.437, o maior da série histórica, com incremento de 2,6% frente ao trimestre imediatamente anterior. Impulsionada pelo aumento de ocupados e pelo avanço dos salários, a massa salarial alcançou R$ 13,3 bilhões, outro recorde.
Informalidade e desalento recuam
A informalidade caiu para 35,0%, a menor já registrada no estado. O desalento – parcela que desistiu de procurar vaga – recuou a 0,9%, terceiro menor índice entre as unidades da federação, indicando melhora nas condições de busca por trabalho e maior confiança do trabalhador no mercado.