Goiás se tornará o primeiro estado no Brasil a inaugurar um Centro de Excelência em Saúde Única (Cesu), uma iniciativa inovadora que visa transformar a abordagem da saúde em nível nacional. O Governo de Goiás, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), destinará um investimento de R$ 5 milhões para a implementação do projeto.
Este projeto reunirá pesquisadores de alto nível, promovendo a interligação entre saúde humana, animal e ambiental. A ênfase será no uso responsável de pesticidas e na criação de tecnologias alternativas para o controle eficiente de pragas.
Desenvolvido pela Fapeg em colaboração com a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Emater Goiás, o Cesu tem a ambição de colocar Goiás em uma posição de destaque tanto nacional quanto internacionalmente. O objetivo é elevar o estado a um novo patamar em estratégias de controle de pragas e manejo de pesticidas, alinhando-se ao conceito de Saúde Única e promovendo a sustentabilidade ambiental, social e econômica.
Os trabalhos ocorrerão em uma rede colaborativa, onde profissionais se dedicarão a pesquisa, inovação, ensino e extensão, contribuindo para avanços alinhados ao cumprimento das metas da Agenda 2030 da ONU.

Estrutura do Centro de Excelência
As atividades do Cesu têm previsão de início nos próximos dois meses, após a formalização do convênio entre a UFG e a Fapeg. O centro terá como sede o complexo de laboratórios da Emater Goiás, denominado Cesu-Agro. Além dessa unidade, os laboratórios coordenados por pesquisadores da UFG serão integrados ao projeto.
Nos próximos cinco anos, espera-se que o Cesu se consolide como um centro de referência em políticas públicas e educação, focando em tecnologia, sustentabilidade, e ações voltadas ao manejo de pragas que impactam a saúde pública, a segurança alimentar e o ambiente.
As iniciativas do Cesu trarão benefícios diretos à saúde pública, promovendo segurança alimentar e conservação ambiental, e auxiliando no desenvolvimento econômico, a qualidade dos alimentos, bem como na saúde animal e na preservação ecológica.

A coordenação do Cesu ficará a cargo da professora Virgínia Damin, especialista em ciência do solo. O professor Caio Monteiro, biólogo especializado em controle de artrópodes de relevância médico-veterinária, atuará como vice-coordenador. Ambos são docentes da UFG.
O Centro contará com a participação de um núcleo composto por oito pesquisadores principais e 25 colaboradores vinculados a instituições como UFG, Universidade Estadual de Goiás (UEG), Embrapa Arroz e Feijão, IFGoiano e Emater Goiás. Parcerias com órgãos estaduais, como a Secretaria Estadual da Saúde, além de colaborações com entidades federais, como a Fiocruz, também farão parte da rede.
Este corpo multidisciplinar incluirá especialistas em áreas como agronomia, biologia, biomedicina, biotecnologia, farmácia, química, veterinária e zootecnia. As atividades se concentrarão em dois eixos principais: a otimização do uso de pesticidas e a minimização de seus impactos ecológicos, e o desenvolvimento de técnicas de controle de pragas e doenças relevantes para os setores agrícola, veterinário e de saúde pública.
