O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), anunciou um projeto significativo de restauração e modernização do Antigo Fórum, situado na Praça Cívica, no Setor Central de Goiânia. Com um investimento estimado em R$ 5,7 milhões do Tesouro Estadual, a iniciativa visa resgatar a integridade arquitetônica do prédio, que é um ícone do patrimônio histórico da capital, além de transformá-lo em um espaço multifuncional voltado para a cultura e a gestão administrativa.
Durante a entrega de obras no patrimônio histórico e cultural de Goiás, o governador Ronaldo Caiado expressou otimismo sobre a recuperação da Praça Cívica, destacando que a licitação para a restauração do Antigo Fórum foi publicada na última semana e que as obras devem ter início ainda no primeiro semestre deste ano.
A secretária Yara Nunes ressaltou a importância da obra como parte do processo de revitalização dos edifícios estaduais na Praça Cívica. Ela mencionou que outras construções, como as fachadas do Centro Cultural Marietta Telles e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, já foram recuperadas, e que as obras de restauração do Museu Zoroastro Artiaga estão em andamento.
O projeto de requalificação do Antigo Fórum incluirá a restauração das características arquitetônicas originais do edifício, com reforço nas fundações e estruturas, restauração das telhas cerâmicas francesas, e melhorias nas instalações elétricas, hidráulicas e de prevenção contra incêndio. O térreo será ampliado para criar um hall, e o espaço abrigará salas de exposição permanentes e temporárias do Museu da Imagem e do Som (MIS), valorizando a memória cultural goiana. O segundo pavimento será dedicado à administração da Secult Goiás, reafirmando o caráter cultural e administrativo do local.
Construído em 1936 e inaugurado em 1942, o Antigo Fórum é uma obra do arquiteto e urbanista Attilio Corrêa Lima, com um estilo art déco que se destaca pela horizontalidade e simetria nas esquadrias. O edifício, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Estado de Goiás, está desocupado desde janeiro de 2019, quando laudos do Corpo de Bombeiros apontaram riscos de incêndio e a necessidade de desocupação devido ao seu estado de conservação.