O governo federal anunciou um novo leilão, que ocorrerá na próxima terça-feira (29), com o objetivo de captar recursos para a recuperação de terras degradadas em diferentes biomas. A iniciativa visa restaurar 1 milhão de hectares nas regiões da Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado, Pampa e Pantanal. A Amazônia receberá um edital específico ainda este ano.
O leilão busca atrair investimento privado, que irá financiar projetos destinados à transformação de terras degradadas e de baixa produtividade em sistemas produtivos sustentáveis. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou a importância da integração entre a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico do Brasil.
Os participantes do leilão precisarão apresentar lances a partir de R$ 100 milhões, incluindo a estimativa de hectares a serem recuperados. A expectativa é arrecadar até R$ 10 bilhões para revitalização das terras. Os recursos serão direcionados a produtores rurais, cooperativas e empresas do agronegócio, que deverão seguir critérios ambientais rigorosos, como controle das emissões de gases de efeito estufa. Além disso, 50% dos investimentos devem ser voltados para a produção de alimentos e 10% para a recuperação na Caatinga.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou que o edital representa um avanço significativo no combate ao desmatamento no país. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, também enfatizou que o Brasil pode aumentar sua produção agropecuária sem a necessidade de desmate.
Atualmente, o Brasil dispõe de 82 milhões de hectares de terras degradadas, e a meta do governo é recuperar até 40 milhões de hectares de pastagens nos próximos 10 anos. Este leilão é o segundo do programa Eco Invest, que faz parte de um plano de transformação ecológica para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. As propostas devem ser apresentadas até 13 de junho.