Em São Paulo, o elenco do filme “O Agente Secreto” se reuniu na última terça-feira para conversar com a imprensa. Comanda a produção o diretor Kleber Mendonça Filho, que representa o Brasil na disputa por uma indicação ao Oscar na categoria de melhor filme estrangeiro.
O longa-metragem está programado para estrear nos cinemas brasileiros no dia 6 de novembro, enquanto já é exibido em diversas mostras e festivais de cinema. Na mesma terça-feira, “O Agente Secreto” foi nomeado em duas categorias do Gotham Awards, uma importante premiação que antecede o Oscar.
Durante a coletiva, Kleber Mendonça Filho abordou o tema da ‘memória’, que permeia a narrativa do filme, ressaltando a intenção de oferecer aos estudantes uma nova perspectiva sobre a história do Brasil.
A trama se desenrola em 1977, em meio à ditadura militar. O protagonista, vivido por Wagner Moura, é um professor de tecnologia que se muda de São Paulo para Recife em busca de renovação, mas logo se vê sob vigilância dos vizinhos. Moura comentou que esteve afastado de produções em língua portuguesa por doze anos e enfatizou a importância da cultura e da democracia estarem interligadas.
O ator também destacou a relevância das leis de incentivo à cultura e a necessidade de os brasileiros se reconhecerem nas telas do cinema, algo fundamental para entender a diversidade nacional.
Kleber Mendonça Filho, ao falar sobre a necessidade do Brasil de valorizar sua pluralidade cultural, mencionou o Movimento Manguebeat, que emergiu em Recife na década de 1990 como um exemplo de expressão cultural que transcende fronteiras regionais.
Além do diretor e do protagonista, participaram da entrevista os atores Gabriel Leone, Alice Carvalho e Tânia Maria. O filme “O Agente Secreto” está sendo exibido na programação da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
