A recente Declaração do Rio de Janeiro, firmada pelos líderes da aliança conhecida como BRICS, abrangeu temas relevantes, como a governança, inteligência artificial, e a econômica, mas também enfocou duas questões cruciais: a emergência climática e o combate às doenças tropicais negligenciadas. Esses tópicos foram destacados em um encontro que exigiu uma resposta global eficaz para os desafios contemporâneos.
Um dos principais tópicos abordados foi a transição energética, que visa a redução do uso de combustíveis fósseis, como o petróleo. No entanto, a declaração reconhece que esses recursos ainda desempenham um papel vital na matriz energética mundial, especialmente em economias em desenvolvimento, como a do Brasil. Essa abordagem sugere um equilíbrio necessário entre a sustentabilidade e as realidades econômicas locais.
Os países do BRICS também expressaram a intenção de criar o TFFF (Fundo Florestas Tropicais para Sempre), a ser lançado em Belém do Pará durante a COP30, programada para novembro. A meta é mobilizar investimentos de longo prazo voltados à conservação de florestas tropicais e incentivar contribuições significativas de países doadores, a fim de assegurar a efetividade do fundo.
Outro tema de destaque foi a saúde, considerado uma prioridade pela presidência brasileira no BRICS. Data de domingo, 6, a declaração destaca a busca por colaboração para a eliminação de doenças socialmente determinadas, que afetam, em sua maioria, populações em áreas com graves desigualdades sociais. A iniciativa visa unir esforços para combater as causas que dificultam o acesso a tratamentos e pesquisas, como a pobreza e a exclusão social.
No documento, o papel da Organização Mundial da Saúde (OMS) é ressaltado, sendo citada como a autoridade orientadora em questões de saúde, defendendo um fortalecimento contínuo nos mecanismos de financiamento que suportam essas iniciativas. O BRICS é composto por 11 países permanentes: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes, Etiópia, Indonésia e Irã.
Esses compromissos reforçam a necessidade de uma abordagem mais integrada e colaborativa diante de desafios globais. A leitura atenta da declaração permitirá um entendimento mais profundo dos impactos e direções estratégicas que essa aliança busca seguir.