O prefeito Sandro Mabel ordenou a desocupação de duas instalações alugadas pelo município de Goiânia, no Setor Santa Genoveva, durante inspeção na manhã desta quarta-feira (29/1). Pelos locais usados para armazenar materiais inutilizados, como armários, mesas, cadeiras, componentes de computadores e livros, a prefeitura desembolsa R$ 110 mil mensalmente.
“Como se observa, estamos investindo mais de 100 mil reais mensalmente em aluguel para guardar uma quantidade de resíduos. Solicitei que fosse realizado um levantamento de outros espaços que armazenam esse tipo de material, incluindo escolas que estão com salas fechadas, pois atuam como depósitos de carteiras e cadeiras antigas”, afirmou o prefeito.
Segundo o prefeito, as secretarias de Educação e de Administração estão realizando um levantamento dos materiais que ainda podem ser aproveitados, como doações para entidades assistenciais, por exemplo, lares de idosos, e também para cooperativas de reciclagem. “Faremos a baixa do material restante que faz parte do patrimônio do município, informando o Tribunal de Contas dos Municípios, para a desocupação dessas instalações e salas de aula para que possam voltar a funcionar”, esclareceu.
Em declaração à imprensa, Mabel lamentou a perda de recursos e o custo da prefeitura com o aluguel de galpões para armazenar materiais que já não têm utilidade, mencionando também livros escolares que não podem mais ser utilizados na rede de ensino, pois perderam a relevância. “Isso me causa uma grande tristeza ao ver tanto material desperdiçado, mas ao menos vamos desocupar esses galpões e interromper o pagamento de 100 mil reais de aluguel por mês. Também vamos libertar todas as salas de aula que guardam esse tipo de material”, evidenciou Mabel.
A responsável pela Secretaria de Educação, Giselle Faria, também comentou sobre o desperdício de recursos do município com a manutenção de materiais inservíveis em galpões. “É um desperdício, primeiramente porque se paga aluguel para guardar material que não se precisa mais; segundo, porque não está mais nas mãos de nossas crianças, que precisam de livros. É um descaso contínuo”, afirmou.
Giselle informou que alguns materiais que ainda podem ser utilizados estão sendo enviados para as escolas, como parquinhos, estantes, calçados, uniformes e fantasiagens. Sobre os itens sem utilidade, a secretária declarou que poderão ser doados a entidades filantrópicas. “O município não pode continuar arcar com o aluguel de seis galpões apenas da Educação, com um custo médio de 90 mil reais mensais. Esse é um dinheiro que poderíamos investir na abertura de escolas, Cmeis, adquirir computadores e realizar muitas ações que nossas crianças demandam”, enfatizou.
O secretário de Administração, Celso Dellalibera, informou que o material armazenado nos galpões está sendo catalogado, destinando parte que pode ser leiloada, como veículos apreendidos que se tornaram sucatas. “Existem procedimentos legais que devem ser seguidos. Não faz sentido pagar para guardar o que não tem mais utilidade. Vamos entregar todos os galpões e rever também outras localidades”, declarou.
Otimização de recursos
Seguindo a estratégia delineada pelo prefeito Sandro Mabel de otimizar recursos e reduzir despesas da administração municipal, semelhante à centralização de todos os órgãos no Paço Municipal, no Parque Lozandes, Celso Dellalibera também já inspeccionou três galpões alugados na Avenida Perimetral Norte, na Vila João Vaz, para armazenar materiais apreendidos e inservíveis.
São quatro galpões alugados, com um custo de R$ 60 mil mensais, sendo três para a Secretaria Municipal de Educação (SME) e um para a Semad. “Isso representa R$ 720 mil por ano para guardar material sem uso. Não faz nenhum sentido, vamos nos livrar rapidamente disso para devolver esses imóveis”, disse Dellalibera.
Durante a inspeção, o secretário avaliou quais materiais podem ser reaproveitados, como mesas e cadeiras, o que deverá ser leiloado e os itens inservíveis, que deverão ser doados a associações de reciclagem. “É uma estrutura vasta, onde estamos armazenando materiais de todo tipo, desde veículos até bancadas e manequins que não têm mais uso”, ressaltou Dellalibera.
No que tange à centralização dos órgãos municipais no Paço, Dellalibera estima que o trabalho de remoção das divisórias das salas será concluído em até três meses, criando um ambiente de coworking corporativo, promovendo uma atuação integrada. “Estamos avaliando a necessidade de adicionar mais pessoal para acelerar o trabalho, mas isso precisa ser feito com celeridade, no máximo em dois ou três meses para essa readaptação”, esclareceu.
Delallibera acrescenta que essa reorganização permitirá a realização de um estudo para estimar a diminuição de custos, não apenas com locações de imóveis, mas também em deslocamentos e manutenção. “Vamos centralizar todas as secretarias no Paço Municipal e isso também vai possibilitar a devolução de imóveis alugados. Essa organização, que está começando na Semad, ocorrerá em todas as secretarias”, antecipou o secretário. Materiais que atualmente são armazenados em imóveis locados, como produtos de limpeza, serão guardados no paço. “Temos espaço suficiente lá para guardar tudo isso”, assegura.
Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) – Prefeitura de Goiânia
Fonte: Prefeitura de Goiânia