A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, expressou suas expectativas para a COP30 durante o encerramento do Balanço Ético Global, realizado na sexta-feira, 19 de outubro, em Nova York. O encontro, promovido pelo governo brasileiro, teve como objetivo mobilizar as contribuições da sociedade civil para a conferência que ocorrerá em Belém, no Pará, em novembro.
Marina destacou a importância do evento no fortalecimento do multilateralismo climático, afirmando que a COP30 deve servir como um novo marco no combate à emergência climática ao longo da próxima década. Ela acredita que a conferência deve reforçar a necessidade de ações éticas nas decisões relacionadas ao meio ambiente.
A ministra afirmou: “Espero que ele possa contribuir para que a COP 30 se constitua como um novo marco referencial para o enfrentamento da emergência climática ao longo dos próximos 10 anos, com uma forte sinalização de reavivamento do multilateralismo e da valorização da dimensão ética em nossas escolhas e ações.”
“É fundamental considerar as ciências, tanto a moderna quanto a ancestral, proveniente do saber narrativo dos povos tradicionais e das comunidades que habitam nossas florestas,” afirmou.
Em relação ao financiamento climático, a ministra ressaltou que os desafios exigem alterações significativas para garantir um montante necessário de US$ 1 trilhão e US$ 3 bilhões até 2035, destinados a apoiar os países em desenvolvimento na redução das emissões de gases de efeito estufa. Esse valor foi estabelecido durante a COP29, que aconteceu em 2024, em Baku, no Azerbaijão.