Microplásticos representam uma grave ameaça à saúde pública e ao meio ambiente, sendo encontrados em ar, água e solo. Essas diminutas partículas, oriundas de materiais plásticos comuns, têm se integrado à cadeia alimentar, colocando em risco tanto a fauna quanto os seres humanos que consumem produtos contaminados. O segundo vice-presidente do Conselho Federal de Química, Wilson Botter, compartilhou informações relevantes sobre a origem e os impactos desses poluentes.
Os microplásticos são fragmentos menores de plásticos que usamos diariamente em embalagens e vestuário. Segundo Botter, “Esses plásticos, em tamanhos normais, são apenas reduzidos a dimensões muito pequenas”. O problema se agrava porque essas partículas se dispersam facilmente na atmosfera e na hidrosfera, tornando-se uma contaminação invisível e insidiosa.
Botter alerta que essa contaminação é especialmente preocupante em ambientes aquáticos. Animais marinhos e de rios, ao se alimentarem de plâncton, também ingerem microplásticos. “Essas partículas minúsculas são absorvidas pelo organismo, adentrando a cadeia alimentar como qualquer outro contaminante”, adverte o químico.
Para mitigar esse problema ambiental, o especialista defende a adoção de práticas sustentáveis. Ele reforça a importância de ações como a redução do consumo de plásticos, a reutilização de materiais e seu reaproveitamento de forma segura. “Devemos buscar novas fontes para esses materiais e pensar em formas de devolvê-los ao ambiente sem causar danos”, conclui Botter.
