No último mês de agosto, as cotações do milho no Brasil apresentaram uma ligeira queda, embora ainda permanecessem superiores aos níveis registrados nos dois anos anteriores para o mesmo período. A média mensal ficou em R$63,87 por saca. Este cenário resulta de uma oferta global abundante do cereal, impulsionada pela colheita da segunda safra no país. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) reportou que até 30 de agosto, 97% do milho cultivado no Brasil foi colhido, sendo 98% no estado de Goiás. Paralelamente, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) projetou uma produção mundial recorde de 1,288 bilhão de toneladas, com o Brasil respondendo por 10,2% desse total, contribuindo para a pressão nos preços do grão.
Para a safra 2024/25, as previsões indicam que a produção tanto brasileira quanto goiana superará os números recordes da temporada 2022/23, segundo a Conab. Essa expansão no ciclo atual deve resultar num aumento dos estoques do cereal, estimados em 10,2 milhões de toneladas, comparado aos 7,2 milhões da safra anterior. Em termos de utilização, Goiás deverá produzir aproximadamente 800,4 milhões de litros de etanol, enquanto a produção nacional chega a 7,8 bilhões de litros, representando um crescimento de 19,2% e 32,4%, respectivamente.
No cenário internacional, as exportações de milho do Brasil também incluem produtos derivados que agregam valor, como amido de milho, farinha de milho, e óleo de milho. Entre estes, destaca-se o óleo de milho, cuja exportação cresceu de forma significativa: de janeiro a julho, Goiás exportou 7,4 mil toneladas, um aumento de vinte vezes em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esta evolução elevou o estado de sexto para quarto lugar no ranking das exportações desse derivado, sinalizando um futuro promissor para o setor.










