Em resposta à escalada de conflitos fundiários no sul do Mato Grosso do Sul, o Ministério dos Povos Indígenas encaminhou um pedido ao Ministério da Justiça e Segurança Pública para aumentar o efetivo da Força Nacional de Segurança Pública na Operação Tekoha IV. O objetivo é proteger as comunidades afetadas e assegurar uma gestão adequada das terras indígenas.
As comunidades Guarani e Kaiowá iniciaram ações de retomada territorial visando conter os efeitos nocivos da pulverização de agrotóxicos, que têm comprometido não apenas a saúde dos moradores, mas também a segurança hídrica e alimentar da região. Essas ações têm se intensificado em diversas áreas, incluindo as terras indígenas Guyraroká em Caarapó, além das localidades de Passo Piraju e Avaeté II em Dourados.
O clima de tensões se intensificou na região de Douradina, com evidências de conflitos mais acirrados nas terras indígenas locais. Na área da Yvy Katu em Japorã, práticas de arrendamento ilegal e a pulverização irregular de agrotóxicos estão se tornando cada vez mais frequentes, exacerbando a crise ambiental e social da região.
A iniciativa do Ministério dos Povos Indígenas visa mitigar esses conflitos, protegendo as famílias afetadas e garantindo que servidores públicos possam atuar em atividades de mediação e fiscalização, fundamentais para a manutenção dos direitos das comunidades. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Força Nacional estão monitorando de perto a situação desde o início das novas movimentações, que começaram no dia 21.