Em um feito que mescla ficção científica e realidade, a empresa de biotecnologia Colossal Biosciences anunciou recentemente a “desextinção” do lobo-terrível (Aenocyon dirus), espécie que desapareceu há mais de 10 mil anos. Utilizando técnicas avançadas de engenharia genética, os cientistas conseguiram recriar características genéticas desse predador pré-histórico, resultando no nascimento de três filhotes nomeados Romulus, Remus e Khaleesi.
O Processo de “Desextinção”
A equipe da Colossal Biosciences extraiu DNA de fósseis de lobos-terríveis, especificamente de um dente de 13 mil anos e de um crânio de 72 mil anos. Com essas amostras, reconstruíram partes significativas do genoma do lobo-terrível. Em seguida, aplicaram técnicas de edição genética em células-tronco de lobos-cinzentos modernos, introduzindo 14 genes específicos que conferem características distintivas do lobo-terrível. Essas células foram utilizadas para criar embriões implantados em cadelas domésticas, que deram à luz os filhotes mencionados.
Características e Comportamento dos Filhotes
Os filhotes apresentam traços físicos e comportamentais que remetem aos lobos-terríveis originais, incluindo porte avantajado, mandíbulas robustas e pelagem densa. Observações iniciais indicam comportamentos instintivos, como uivos em resposta a estímulos sonoros e cautela em ambientes desconhecidos. Atualmente, Romulus, Remus e Khaleesi estão sendo criados em uma reserva ecológica protegida, onde especialistas monitoram seu desenvolvimento e adaptação.
Implicações Éticas e Científicas
A iniciativa da Colossal Biosciences reacende debates sobre as implicações éticas da “desextinção”. Críticos questionam a autenticidade dos animais recriados, sugerindo que, apesar das semelhanças, eles podem não ser geneticamente idênticos aos lobos-terríveis originais. Além disso, há preocupações sobre o impacto ecológico da reintrodução de espécies extintas nos ecossistemas atuais e sobre o bem-estar dos animais resultantes desses experimentos.
O Futuro da “Desextinção”
A Colossal Biosciences já manifestou interesse em aplicar técnicas semelhantes para reviver outras espécies extintas, como o mamute-lanoso e o tigre-da-tasmânia. Esses projetos visam não apenas trazer de volta espécies desaparecidas, mas também contribuir para a conservação e restauração de ecossistemas. No entanto, especialistas alertam para a necessidade de uma abordagem cautelosa, considerando os desafios científicos, éticos e ambientais envolvidos.