A primeira fase da Operação de Desintrusão da Terra Indígena Kayapó, localizada no Pará, resultou na inutilização de quase 1,4 mil locais de garimpo ilegal, provocando um prejuízo estimado em R$ 100 milhões para os envolvidos em atividades criminosas. Além da destruição de estruturas fixas, a operação também levou à apreensão de vários materiais, como maquinário, combustível e ouro. Os dados foram revelados em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira.
Esta iniciativa mobilizou a colaboração de mais de 20 entidades federais e superou a meta inicial de 650 alvos, configurando-se como uma das mais significativas ações do governo brasileiro contra atividades ilícitas na região amazônica.
Marcos Kaingang, Secretário Nacional de Direitos Territoriais do Ministério dos Povos Indígenas, enfatizou que o principal objetivo da operação é combater o garimpo e o desmatamento ilegal que afetam o território dos Kayapó.
Os resultados da operação incluem a destruição de 967 barracos, o fechamento de 117 acampamentos, bem como a inutilização de 406 motores e 25 escavadeiras hidráulicas. Adicionalmente, foram apreendidos 22,8 mil litros de óleo diesel, que contribuíram para uma redução de 95% nos alertas de desmatamento na área afetada.
Conforme informações da Força Tarefa, multas superiores a R$ 164 mil foram aplicadas, e foram confiscados 63 gramas de ouro, além de 257 kg de cocaína e 238 kg de pasta-base em rodovias federais da região.
Após as operações, a qualidade da água em rios como o Rio Fresco começou a mostrar sinais de melhoria, resultado da remoção de dragas e outras estruturas invasivas. A presença da Força Nacional e da FUNAI na região será mantida, com a intenção de garantir a proteção do território contra novos invasores.