Dezoito dias após o início da retirada do lixo que desmoronou sobre o córrego Santa Bárbara, no aterro da empresa Ouro Verde, em Padre Bernardo, aproximadamente 20% da massa — estimada em 42 mil metros cúbicos — já foi removida.
Mais de 560 viagens de caminhão foram necessárias para transportar o material até uma área temporária dentro da própria propriedade. Outra célula de armazenamento está em impermeabilização e deve reforçar a operação.
O trabalho segue o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado em 11 de julho, que prevê a conclusão da remoção até 15 de setembro, antes do período chuvoso. O gerente de emergências ambientais da Semad, Sayro Reis, afirma que, no ritmo atual, a meta será cumprida e que todas as ações previstas estão sendo realizadas.
Paralelamente, a empresa cava uma sexta lagoa de chorume para aliviar a sobrecarga das outras cinco e permitir reparos.
Enquanto isso, análises feitas por laboratório contratado e também pela Semad confirmam que a contaminação do córrego Santa Bárbara persiste. O nível de benzeno, substância cancerígena, chegou a 7 mg/L — 1.400 vezes acima do limite de 0,005 mg/L definido pelo Conama. Em alguns dias, também foram detectados valores acima do permitido para manganês, fenóis, coliformes termotolerantes e outros parâmetros.
Os técnicos reforçam que tanto o benzeno quanto o manganês são perigosos para a saúde e para o meio ambiente. A recomendação é que a água do córrego não seja utilizada até a recuperação completa da qualidade.