Em Goiânia, a Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), realizou nos dias 8 e 9 de agosto o Mutirão de Vagas da Educação, mobilização nas cinco Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) para oferecer mais de cinco mil vagas no ensino infantil, ensino fundamental e na Educação de Jovens e Adultos (EJA). A ação, voltada a reduzir a fila de espera da Rede Municipal de Educação, teve foco no acesso rápido, impacto social e organização por território na cidade.
Segundo a gestão municipal, o mutirão integrou a estratégia da Operação Zera Fila, com atendimento presencial, triagem por bairro e orientação sobre unidades mais próximas, visando otimizar matrículas e facilitar a rotina de famílias que dependem da rede pública de educação na capital.

Entre os atendidos, a avó Márcia Cláudia, 54 anos, conseguiu matrícula para a neta Valentina, 8 anos, em uma unidade em frente à residência da família, no Setor Urias Magalhães. Ela relata que vinha tentando desde junho e que a regularização permite retornar ao trabalho. A estudante foi alocada na Escola Municipal Maria Helena Batista Bretas.
Márcia, que se mudou de Belém (PA) para a capital, diz que a falta de vaga vinha comprometendo a renda familiar, já que não tinha com quem deixar a neta durante o expediente. Com a matrícula efetivada, afirma ter condições de retomar a atividade profissional.
O mutirão também atendeu João Filho, 35 anos, que buscava vaga para o filho de 10 anos após mudança para o Residencial Barravento. Ele optou pela rede municipal por avaliar melhora no ensino e na assistência oferecida nas escolas e destaca que o processo facilitou a alocação em unidade a poucas quadras de casa.

De acordo com Carla Martins, coordenadora-geral da Coordenadoria Regional Maria Helena Batista Bretas, o atendimento considerou a realidade de cada família. Em muitos casos, pessoas recém-chegadas a outros bairros indicavam um Cmei ou escola específica no cadastro, mas, com a escuta ativa, eram orientadas sobre unidades mais próximas, acelerando a matrícula e reduzindo deslocamentos.
Com oferta superior a cinco mil vagas e presença em todas as regiões atendidas pelas CREs, o mutirão ampliou o acesso à educação pública, aproximou serviços do cidadão e contribuiu para que estudantes retomassem as aulas no segundo semestre, reforçando o papel do governo local na organização do calendário escolar e na inclusão educacional.