Recentemente, o Procon Goiânia divulgou uma pesquisa que revelou diferenças alarmantes nos preços de produtos hortifrutigranjeiros em nove estabelecimentos da capital. Os dados, apresentados na quarta-feira, dia 9 de julho, mostram variações que chegam a impressionantes 409% em 20 itens, incluindo frutas, legumes e verduras, coletados entre os dias 4 e 7 de julho.
A pesquisa destacou que a cenoura é a verdura com a maior diferença de preços, variando de R$ 0,98 a R$ 4,99 (um aumento de 409,18%). Outros itens, como a cebola e a batata inglesa, apresentaram oscilações de 254,82% e 211,07%, respectivamente. O jiló teve preços que variaram entre R$ 5,98 e R$ 15,95 (166,28%), e o repolho entre R$ 1,97 e R$ 4,99 (153,30%).
Ao optar pelos preços mais baixos, o consumidor pode adquirir essas verduras por R$ 13,79, enquanto a compra no estabelecimento com preços mais altos totaliza R$ 41,91. Isso representa uma economia de até R$ 28,12.
Os vegetais que apresentam menor volatilidade nos preços, como o quiabo, tomate tipo saladete e mandioca, mostraram variações entre 60,06% e 83,47%. O quiabo foi encontrado entre R$ 9,99 e R$ 15,99, o tomate entre R$ 7,90 e R$ 12,99, e a mandioca de R$ 4,90 a R$ 8,99. Para esses itens, a escolha pelos menores preços resulta em um gasto total de R$ 22,79, ao passo que a opção mais cara levaria a um desembolso de R$ 37,97, permitindo uma economia de R$ 15,18.
Ao priorizar os preços mais acessíveis, o consumidor pode comprar esses cinco itens por R$ 16,13. Por outro lado, se escolher nos pontos de venda com os valores mais altos, o gasto total chega a R$ 40,95, uma diferença significativa de R$ 24,82.
As menores variações de preço entre as frutas situaram-se entre 63,75% e 69,61%. Por exemplo, a banana prata foi encontrada por valores que vão de R$ 5,49 a R$ 8,99, e a manga oscilou 64,64%, com preços de R$ 7,89 a R$ 12,99. O abacate apresentou uma variação de 69,61%, custando de R$ 5,89 a R$ 9,99.
Neste caso específico, a economia quando se opta pelos menores preços pode chegar a R$ 12,70. Ao priorizar as opções mais acessíveis, o total seria de R$ 19,27, comparado a R$ 31,97 nos estabelecimentos com os valores mais altos.
O Procon destacou que a disponibilidade de produtos pode variar entre os estabelecimentos e que os preços observados refletem a realidade do período de coleta, estando sujeitos a mudanças. O órgão ainda alerta que lojas da mesma rede podem ter preços diferenciados, especialmente para produtos perecíveis, influenciados por fatores como armazenamento e sazonalidade.
A entidade reforça a responsabilidade do fornecedor por irregularidades na rotulagem, falta de informações claras, má conservação e venda de produtos vencidos ou adulterados, conforme está definido no Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990). Portanto, a pesquisa e a escolha consciente são essenciais para garantir não apenas economia, mas também qualidade e segurança alimentar.
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Foto: Procon Goiânia
Programa de Defesa do Consumidor (Procon Goiânia) – Prefeitura de Goiânia