O prefeito Leandro Vilela apresentou a prestação de contas do primeiro quadrimestre de 2025 durante uma sessão na Câmara Municipal, conduzida pelo presidente da Casa, vereador Gilsão Meu Povo. O momento foi destacado como essencial para a fiscalização e o diálogo entre os poderes. Vilela expressou sua honra em prestar contas à população e ao Legislativo, lembrando que a gestão herdou desafios significativos, incluindo ruas danificadas, unidades de saúde sem insumos e um déficit orçamentário que se aproximava de R$ 500 milhões.
Um dos principais entraves relatados pelo prefeito foi a ausência de nota no indicador de Capacidade de Pagamento (CAPAG), o que gera dificuldades para o município obter financiamentos. Ele detalhou também a dívida herdada, que inclui R$ 21 milhões em restos a pagar do ano anterior, R$ 59 milhões da folha de pagamento de dezembro, além de outras pendências que totalizam cerca de R$ 450 milhões. Até agora, a receita total do município chegou a R$ 728 milhões, com um aumento inferior a 1% em relação ao ano anterior.
As despesas do quadrimestre foram 10% inferiores ao mesmo período de 2024, resultado de cortes, como na contratação de pessoal. Entretanto, a folha de pagamento teve um aumento, em parte devido ao pagamento do data-base. A despesa corrente caiu de R$ 335 milhões para R$ 259 milhões, e os investimentos reduziram-se de R$ 33 milhões para R$ 14,7 milhões. O resultado geral indicou um déficit, com receitas de R$ 728 milhões contra despesas de R$ 750 milhões.
Vilela destacou que foram aplicados R$ 125 milhões na educação e R$ 71 milhões na saúde, ambas respeitando os índices constitucionais. Ele agradeceu aos vereadores pela aprovação do projeto que corrigiu o piso salarial dos professores e deu detalhes sobre projetos em andamento, como reformas em 20 escolas e a climatização de 60 unidades, com previsão de conclusão até agosto.
Além disso, o prefeito mencionou melhorias em infraestrutura, como a licitação da ligação do Dianot à GO-020 e a modernização da iluminação pública. O centro público de castração animal, a clínica Pata, foi inaugurado, e a assinatura do primeiro plano de combate a incêndios na Serra das Areias também foi destacada.
Na sessão, os vereadores levantaram diversas questões. O vereador Felipe Cortez questionou o embargo do aterro sanitário e o pagamento aos servidores exonerados que foram reconduzidos, enquanto o vereador Neto Gomes destacou a falta de profissionais na saúde. Lipe Gomes parabenizou a criação da Clínica Pata e pediu mais informações sobre seus serviços.
Os vereadores Cristiano Zoi, Professor Clusemar e outros reconheceram os esforços da gestão, mas ainda assim, levantaram preocupações sobre questões como a reposição de lâmpadas na iluminação pública e a logística da Secretaria de Desenvolvimento Urbano. O vereador Arnaldo Leite pediu melhorias salariais para os socorristas do SAMU e abordou a sobrecarga enfrentada pelos servidores da saúde.
Vilela reafirmou seu compromisso em enfrentar os desafios orçamentários e demonstrou abertura para dialogar sobre as demandas e situações específicas, apesar das limitações financeiras atuais. Ressaltou que tanto o Executivo quanto o Legislativo têm um objetivo comum: melhorar a qualidade de vida em Aparecida.