A primavera inicia no Brasil e no hemisfério sul nesta segunda-feira (22/9), exatas às 15h19, no horário de Brasília. Os primeiros dias da nova estação serão marcados por chuvas e uma queda de temperatura em diversas regiões, incluindo o Sul, Sudeste, Centro-Oeste e partes do Norte do país.
Uma frente fria, que entrou pela região Sul no último fim de semana, avança para as áreas Sudeste e Centro-Oeste neste início de primavera. Espera-se a ocorrência de temporal em pontos do centro e sul de Mato Grosso do Sul e São Paulo. Durante este período, as chuvas intensas continuarão em Santa Catarina e Paraná, com o norte do Rio Grande do Sul também registrando precipitações.
Aproximando-se da terça-feira (23/9), a temperatura deve cair em toda a região Sul, além do sul de Mato Grosso do Sul e São Paulo. Há possibilidade de geadas leves nos planaltos de Santa Catarina e Paraná. Entre terça e quarta-feira, a massa de ar frio se deslocará, provocando uma queda de temperatura ainda nas outras áreas do Centro-Sul e no Norte, fenômeno conhecido como friagem.
Prevê-se que a primavera deste ano traga volumes de chuva ligeiramente acima da média em diversas regiões do Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o acesso de chuvas no norte do Nordeste deverá ser inferior a 100 milímetros. As temperaturas tendem a ser mais altas na maior parte da região Norte, interior do Nordeste e em algumas áreas centrais do país.
Por ser uma estação de transição entre o Inverno e o Verão, a primavera pode gerar impactos significativos na agricultura. A meteorologista do Inmet, Anete Fernandes, alerta sobre os riscos. “A partir da próxima terça-feira, observamos um padrão de transição que poderá sofrer alteração. Caso haja uma onda de calor em outubro, isso pode afetar negativamente a produtividade das lavouras.”
Fernandes ressalta que, por enquanto, não há sinais de que essa situação ocorrerá, mas a possibilidade não pode ser descartada.
A Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos aumentou para 56% a probabilidade de formação do fenômeno La Niña nesta primavera. Este fenômeno provoca o resfriamento das águas do oceano Pacífico, alterando os padrões de pressão atmosférica e de chuvas. Apesar do aumento das chances, Anete Fernandes menciona que, até o momento, o oceano permanece em estado de neutralidade e que os efeitos do La Niña só devem ser sentidos no verão, mesmo que se manifeste na primavera.