Eco Escolas muda rotina de 30 escolas em Goiânia com reciclagem premiada e foco em sustentabilidade
Lançado em Goiânia, o projeto Eco Escolas reúne 30 unidades da Rede Municipal de Ensino para implantar coleta seletiva com premiação por desempenho, reduzir gastos e fortalecer a sustentabilidade. A iniciativa, anunciada pelo prefeito Sandro Mabel, mobiliza a comunidade escolar para separar resíduos e gerar impacto social mensurável na cidade, sob coordenação do governo municipal e de instituições parceiras.
De acordo com a Prefeitura de Goiânia, cada escola receberá quatro bags de 2m³ para separar papel, plástico, alumínio e eletrônicos. A cada bag cheio, a unidade ganha um ticket; ao alcançar 100 tickets, recebe um tablet (ou dispositivo similar). A proposta estimula a reciclagem, engaja a comunidade escolar e diminui despesas com materiais de descarte, além de integrar o programa Goiânia Limpa: Educação em Ação, em parceria com o Consórcio Limpa Gyn e execução pela SMS.
Como funciona a logística e a premiação
As 30 escolas selecionadas terão estrutura padronizada: quatro bags de 2m³ por unidade, destinados a diferentes tipos de recicláveis. O preenchimento total de cada bag gera um ticket de controle. Com 100 tickets acumulados, a escola é premiada com um dispositivo tecnológico para apoiar atividades pedagógicas, reforçando a educação para a sustentabilidade e a otimização de processos internos.
Na prática: economia e rotina mais eficiente
Na Escola Municipal Professora Leonísia Naves de Almeida, que atende mais de 1,2 mil estudantes, a diretora Sandra Araújo relata impacto imediato na gestão do lixo. “O que gastamos com sacos de lixo é muito, porque cada turma produz uma quantidade significativa de resíduo diariamente. Agora, vamos economizar e, ao mesmo tempo, contribuir com o meio ambiente”, afirma.
Cooperativas: mais volume, melhor qualidade
Para a presidente da Cooper Rama, Dulce do Vale, a coleta dentro das escolas potencializa resultados de educação ambiental e abastece as cooperativas com material mais limpo. “É um material que vai chegar com qualidade nas cooperativas e isso melhora o desempenho do nosso trabalho. Esse pode ser o início para que a reciclagem se torne uma disciplina dentro das escolas. A tendência é aumentar o volume e, principalmente, a qualidade, pois não virá com rejeito. Com isso, cresce o rateio nas cooperativas e, acima de tudo, esse material deixa de ir para o aterro sanitário”, explica.
Objetivos educacionais e de gestão pública
Segundo o prefeito Sandro Mabel, a proposta busca mudar hábitos dentro e fora da escola, com foco em economia e qualidade de vida. “Estamos ensinando as crianças a cuidar da cidade, e isso também impacta na administração das escolas. Economia com lixo é recurso que pode ser investido em mais educação e qualidade de vida para os nossos alunos.” A secretária Giselle Faria enfatiza que a política educacional do município tem a sustentabilidade entre seus eixos centrais.
Escala e continuidade
Com o slogan “Reciclando ideias para transformar o futuro”, o Eco Escolas foi concebido para envolver toda a rede, começando por 30 unidades e alcançando outras escolas ao longo da política pública. A ação integra o calendário de educação ambiental da cidade e prevê participação ativa de alunos, profissionais e famílias, ampliando a cultura de separação de resíduos e a eficiência na gestão de recursos.
Foto: Alex Malheiros