No dia 19 de novembro, o Governo de Goiás lançou o Programa Respira Goiás, iniciativa que visa aprimorar a abordagem das doenças respiratórias no sistema de Atenção Primária à Saúde. O foco principal do programa são as condições de saúde como Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Asma e Tuberculose.
Coordenado pela Secretaria da Saúde e em colaboração com a Universidade Federal de Goiás e as prefeituras dos municípios goianos, o programa teve seu lançamento marcado pela presença do governador Ronaldo Caiado, que formalizou a parceria por meio da assinatura de um termo de cooperação.
Inovações para o cuidado respiratório
A proposta do Respira Goiás traz uma abordagem nova e abrangente, incluindo treinamentos tanto presenciais quanto virtuais, além de interconsultas médicas para um matriciamento clínico mais eficaz. O programa também pretende facilitar o acesso a diversos exames, como espirometria, radiografia de tórax e exame de escarro.
Essas ações visam não apenas um diagnóstico mais preciso mas também a otimização dos tratamentos, com o objetivo final de melhorar a qualidade de vida da população em Goiás e diminuir complicações decorrentes dessas doenças.
“Nossa meta é reduzir complicações, salvar vidas e fazer da Atenção Primária um serviço mais ágil e resolutivo”, destacou o secretário da saúde, Rasível Santos.
Avanços observados na implementação
Desde sua implementação há dois anos, o Programa Respira Goiás já promoveu quatro ciclos de capacitações em várias regiões do estado, utilizando a plataforma Telessaúde Goiás/UFG para o matriciamento clínico. Um projeto de VAN diagnóstica foi aprovado para facilitar a realização de exames em áreas mais remotas.
“Sintomas como falta de ar e cansaço não devem ser subestimados. Eles podem sinalizar doenças que têm tratamentos disponíveis. Não podemos permitir que vidas se percam devido à asma”, afirmou Marcelo Rabahi, coordenador do programa.
Importância da atenção às doenças respiratórias
A DPOC afeta aproximadamente 250 mil pessoas em Goiás, apresentando um preocupante índice de subdiagnóstico. A asma, com prevalência de 23% no Brasil, resulta em mais de 2.500 mortes anuais. Já a tuberculose, mesmo com uma queda no número de casos, ainda é uma preocupação, com 1.096 novos registros em 2024.
O aumento da mortalidade por tuberculose, que registrou 103 óbitos em 2023 e 106 em 2024, reforça a necessidade de ações efetivas. Para 2025, dados adicionais estão sendo analisados.
O Respira Goiás tem se mostrado essencial para o fortalecimento da rede de diagnóstico e formação de profissionais, com um foco especial no combate à tuberculose, buscando tornar a Atenção Primária mais eficaz no enfrentamento dessas condições críticas.

