A crise climática se aproxima de um ponto crítico, e garantir a sobrevivência da humanidade e do planeta se torna uma questão urgente. Em busca de soluções, a COP30, realizada em Belém, Pará, destacou nesta quinta-feira (13) o Dia da Justiça, onde autoridades judiciais brasileiras e internacionais se reuniram para discutir a justiça climática.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, enfatizou a importância do judiciário na resolução de conflitos sociais. Ele apresentou a atuação brasileira na proteção dos povos indígenas, alinhando essa missão à preservação ambiental. Fachin salientou que a justiça ambiental é essencial para a existência e resistência das comunidades indígenas, que estão intrinsecamente ligadas à conservação dos ecossistemas.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, chamou a atenção para a responsabilidade histórica em implementar a justiça climática. Silva argumentou que o cumprimento das legislações é fundamental para evitar a destruição do meio ambiente, lembrando que “a realização da justiça, como disse Shakespeare, não é apenas o inverso de injustiça, mas um ato de amor pela humanidade.”
A ministra do STF, Cármen Lúcia, também ressaltou a obrigação da justiça e da sociedade em responder à crise climática. “Todos nós sabemos que a destruição do meio ambiente leva à extinção da Terra e da nossa própria existência. Por que, então, continuamos a observar essa devastação?”, questionou.
Os debatedores deixaram claro que, com a gravidade crescente da crise climática e o ritmo lento das ações efetivas, o papel da justiça se tornará cada vez mais central na busca por soluções que garantam a proteção do planeta.
