Antes de ser Goiânia, a nova capital de Goiás quase se chamou Petrônia, em homenagem ao governador Pedro Ludovico Teixeira.
Antes de receber o nome que hoje é reconhecido em todo o Brasil, a capital planejada de Goiás enfrentou debates sobre sua identidade. Na década de 1930, durante a transferência da capital de Goiás Velho para um local mais central e estratégico, surgiu a proposta de nomeá-la “Petrônia”, uma homenagem ao então governador Pedro Ludovico Teixeira, responsável pela modernização e pelo projeto da nova cidade.
Essa sugestão, no entanto, não foi bem aceita por todos. Parte da sociedade considerava “Petrônia” um nome que não refletia a essência goiana e defendia uma escolha mais alinhada à história e à cultura local. Em resposta, foi realizado um concurso público em 1933 para definir o nome da cidade.
O vencedor foi “Goiânia”, uma palavra de origem tupi-guarani que significa “terra de muitas águas”. A escolha simbolizava as raízes indígenas do estado, as riquezas naturais e a conexão com a identidade goiana. Além disso, reforçava a ideia de uma cidade moderna que, ao mesmo tempo, respeitava sua herança cultural.
A fundação oficial de Goiânia ocorreu em 24 de outubro de 1933, mas a escolha do nome foi fundamental para marcar sua transição de um projeto político para um símbolo de unidade e progresso para o estado. Assim, o nome “Petrônia” ficou no passado, enquanto Goiânia se consolidou como um exemplo de planejamento urbano e preservação histórica, celebrando sua identidade cultural única.
Hoje, ao caminhar pelas ruas de Goiânia, a memória dessa história ainda está presente, reforçando a importância do debate e da representatividade na construção de uma cidade.
(Fontes: Plaza D’Oro, MySide, e acervos históricos sobre a fundação de Goiânia)