Afroturismo no Brasil: crescimento de 30% impulsiona novas experiências culturais dos tradicionais a modernidades.

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Afroturismo no Brasil: crescimento de 30% impulsiona novas experiências culturais dos tradicionais a modernidades.

Sete Formas de Explorar a Herança Africana no Brasil

O turismo cultural relacionado à cultura afro-brasileira está em franca ascensão no Brasil, especialmente com a proximidade do Dia da Consciência Negra. Este aumento de interesse reflete a busca por atividades que enfatizam a rica história, tradições, religiosidades e personalidades que moldam a identidade nacional. De Salvador a Rio de Janeiro, muitos turistas estão incluindo em seus itinerários locais que preservam memórias frequentemente negligenciadas nas rotas turísticas convencionais.

Entre 2024 e 2025, o afroturismo no Brasil cresceu 30%, conforme dados da Civitatis, uma renomada plataforma de atividades turísticas. O Free Tour da Herança Africana, no Rio de Janeiro, exemplifica essa tendência, apresentando um incremento de 48% nas reservas durante o mesmo período.

Segundo Alexandre Oliveira, Country Manager da Civitatis Brasil, essa expansão é um reflexo do fortalecimento do turismo cultural. “Roteiros que valorizam a memória e a cultura brasileira têm grande potencial turístico e econômico. Nosso objetivo é promover atividades locais e imersivas de forma inclusiva e sustentável”, destaca.

A seguir, destacam-se sete experiências que permitem vivenciar a herança africana no Brasil.

1. Free Tour da Herança Africana – Rio de Janeiro (RJ)

Esse circuito abrange locais emblemáticos da Pequena África, incluindo a Praça Mauá, o Largo de São Francisco da Prainha e a Pedra do Sal. Além disso, o trajeto inclui o Cais do Valongo, reconhecido pela UNESCO como um importante ponto de memória. O tour é guiado por especialistas em cultura afro-brasileira que narram histórias sobre resistência, religiosidade, música e arte.

2. Excursão ao Quilombo dos Palmares – Serra da Barriga (AL)

Este tour leva os visitantes ao Parque Memorial Quilombo dos Palmares, em União dos Palmares. O passeio inclui transporte a partir de Maceió, visita guiada pela Serra da Barriga e relatos sobre a comunidade liderada por Zumbi dos Palmares. A experiência encerra com um almoço no restaurante Baobá, que utiliza ingredientes afro-indígenas.

Museu Afro-brasileiro
Museu Afro-brasileiro, Salvador, Bahia (Foto: Divulgação/Civitatis)

3. Tour do Candomblé + Museu Afro-Brasileiro – Salvador (BA)

Este roteiro abrange aspectos essenciais do candomblé, além de incluir uma visita ao Museu Afro-Brasileiro. O museu possui uma rica coleção de peças, objetos rituais e registros das diversas nações africanas e sua influência na cultura brasileira.

4. Tour da Cultura Africana com Almoço – Salvador (BA)

Esse passeio guiado percorre bairros históricos e espaços culturais. Os visitantes têm a oportunidade de conhecer o altar de Iemanjá, no Rio Vermelho, o Dique do Tororó, a Feira de São Joaquim e um terreiro de candomblé. O tour é finalizado com um almoço típico da culinária baiana.

5. Excursão ao Quilombo Kaonge – Recôncavo Baiano (BA)

A visita inclui paradas em Santo Amaro da Purificação e no Quilombo Kaonge. O grupo tem a chance de vivenciar o dia a dia local, ouvir relatos de um griô e participar de uma oficina culinária na Casa da Farinha, além de desfrutar de um almoço típico quilombola.

Capoeira no Pelourinho
Capoeira no Pelourinho, Salvador (Foto: Divulgação/Civitatis)

6. Aula de Capoeira no Pelourinho – Salvador (BA)

Conduzida por mestres locais, a aula aborda os fundamentos da capoeira, a musicalidade e o contato com instrumentos tradicionais, como o berimbau e o atabaque. A experiência inclui a participação em uma roda com alunos.

Chapada dos Veadeiros
Chapada dos Veadeiros, Goiás

7. Rafting na Chapada dos Veadeiros + Visita à Comunidade Kalunga da Diadema – Goiás

Além de participar de uma atividade de rafting, o visitante tem a oportunidade de conhecer a comunidade Kalunga da Diadema, que faz parte de um dos maiores territórios quilombolas do Brasil. O roteiro apresenta as tradições locais, modos de vida e histórias de resistência, incluindo um almoço típico preparado pela comunidade.

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