A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) avançou no desenvolvimento da rastreabilidade bovina ao assinar um protocolo de intenções com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi) na quinta-feira, 4 de setembro. Este acordo, celebrado durante o Fórum Nacional de Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa), visa estabelecer um intercâmbio de informações agropecuárias e apoiar a implementação do Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB).
O objetivo principal do protocolo é facilitar o compartilhamento de dados referentes à Guia de Trânsito Animal (GTA) entre os estados, utilizando a tecnologia do Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago). O estado gaúcho será o primeiro fora do âmbito do Sidago a integrar suas informações nesse projeto-piloto, que representa um passo significativo na modernização da defesa agropecuária no país.
Durante a cerimônia, o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, enfatizou a importância da troca de dados entre os estados, destacando que esta cooperação é crucial para garantir a eficácia na defesa agropecuária. “Este protocolo mostra que a integração entre Goiás e Rio Grande do Sul é viável e fundamental para a implementação da rastreabilidade”, afirmou. Ele também reiterou o compromisso de Goiás em contribuir para a execução do PNIB.
O diretor de Defesa Agropecuária da Agrodefesa, Rafael Vieira, complementou a importância da parceria, afirmando que a integração de informações será um pilar vital no desenvolvimento do projeto nacional de rastreabilidade. “A competência da Agrodefesa em criar ferramentas tecnológicas para a defesa agropecuária ficará evidente com esta iniciativa”, disse.
O gerente de Tecnologia da Informação da Agrodefesa, Carlos Howes, explicou que o Rio Grande do Sul não utiliza o Sidago, mas está pronto para colaborar com Goiás, visando a valorização do produto agropecuário e melhorias nas políticas de trânsito interestadual.
Esse projeto-piloto, criado pela Seapi do Rio Grande do Sul, servirá como base para o Plano Estadual de Rastreabilidade, que está programado para ser apresentado em 2026, com a implementação prevista até 2032. O secretário adjunto da Seapi, Márcio Madalena, destacou que a experiência compartilhada com Goiás será essencial para validar o modelo de rastreabilidade a ser adotado em todo o estado.
O PNIB, uma iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), busca aprimorar a rastreabilidade na cadeia produtiva de carne e leite no Brasil, promovendo a identificação individual dos animais para aumentar a segurança alimentar e a competitividade do agronegócio nacional. Com a criação de um grupo de trabalho em 2024, o PNIB já está em desenvolvimento, com um plano estratégico que aborda aspectos técnicos e prazos de implementação.