Autoridades e artistas celebraram os prêmios conquistados pelo filme brasileiro “O Agente Secreto” no Festival de Cinema de Cannes, realizado neste sábado (24/5) na França. O aclamado diretor Kleber Mendonça Filho foi premiado com o troféu de Melhor Direção, uma conquista que não ocorria para o Brasil desde 1969. Além disso, Wagner Moura recebeu o prêmio de Melhor Ator, uma honraria inédita para o país no festival.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou seu entusiasmo nas redes sociais, destacando o reconhecimento mundial da arte brasileira. Ele enfatizou que esse é um momento de orgulho nacional, agradecendo a presença de gigantes como Mendonça Filho e Moura na cena cultural.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, também comentou sobre a importância dos prêmios, ressaltando que eles refletem um período vibrante para o audiovisual brasileiro e evidenciam o potencial das produções culturais do país.
“O Agente Secreto”, que recebeu recursos do Fundo Setorial do Audiovisual, é ambientado nos anos 1970 e narra a história de um professor universitário, interpretado por Wagner Moura, que retorna a Recife para reencontrar seu filho durante a ditadura militar.
Atores como Alice Braga e Lázaro Ramos compartilharam sua alegria nas redes sociais, demonstrando orgulho pela conquista de Moura. Kleber Mendonça Filho, ao receber seu prêmio, expressou o desejo de que “O Agente Secreto” chegue às salas de cinema, pois acredita que estas são fundamentais na formação do caráter de um filme. Ele agradeceu em francês, inglês e português, enviando um especial cumprimento aos pernambucanos.
Mendonça Filho referiu-se ao festival como “a catedral do cinema” e agradeceu ao público brasileiro, especialmente aos recifenses. O diretor também aceitou o prêmio em nome de Wagner Moura, que não pôde estar presente devido a compromissos profissionais.
Na estreia no Festival de Cannes, “O Agente Secreto” foi aplaudido por cerca de 15 minutos e foi considerado um dos favoritos à Palma de Ouro, maior premiação do festival, que este ano ficou com “Um Simples Acidente”, do cineasta dissidente iraniano Jafar Panahi. A edição de número 78 do festival de Cannes foi encerrada com a entrega dos prêmios Palma de Ouro, Grand Prix, Prêmio do Júri, além das distinções em direção, roteiro e interpretação feminina e masculina.