A Brazilian Luxury Travel Association (BLTA) recentemente se juntou a uma iniciativa global coordenada pela European Extended Alliance (EEA) com o objetivo de estabelecer diretrizes de sustentabilidade para o setor de hotelaria. Este projeto visa criar métricas que sejam financeiramente viáveis e adequadas às necessidades do setor hoteleiro.
A carência de tais padrões tem demonstrado um efeito nocivo na liquidez dos ativos, na resiliência operacional e na confiança de investidores, o que torna sua implementação fundamental para facilitar futuros investimentos. A participação da BLTA ressalta o empenho do turismo de luxo brasileiro em adotar práticas de sustentabilidade que estejam alinhadas com as exigências globais, mas também aplicáveis à realidade local.
Camilla Barretto, CEO da BLTA, expressou seu entusiasmo: “Participar desta força-tarefa é uma grande honra e um reconhecimento da capacidade de liderança do Brasil.” Ela acrescentou que isso sublinha o compromisso da associação em moldar o futuro do turismo de luxo, respeitando os limites do planeta e promovendo valor a longo prazo para comunidades e culturas locais.
Luciano Caribé, membro do Conselho Fiscal da BLTA, enfatizou a importância do alinhamento com a EEA para consolidar o Brasil como exemplar em hospitalidade sustentável. O presidente da associação, Roberto Klabin, observou que essa iniciativa faz parte de um programa mais amplo para ajudar seus associados a adaptarem-se às novas demandas do mercado e aos desafios impostos pelas mudanças climáticas.
A força-tarefa da EEA abrange uma soma notável de mais de €360 bilhões em ativos e está em conformidade com normas internacionais, incluindo IFRS S1 e S2, além da Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa da União Europeia (CSRD). Ufi Ibrahim, CEO da EEA, afirmou que o intuito não é realizar atividade de lobby, mas sim desenvolver uma infraestrutura que propicie a confiança necessária para o fluxo de capital em face das limitações climáticas.
O processo incluirá consultas globais e mesas-redondas regionais para envolver investidores. A BLTA desempenhará um papel crucial como parceira regional, conectando diversos atores do mercado brasileiro e latino-americano, abrangendo desde hotéis boutique sustentáveis até grandes cadeias hoteleiras.
A consulta pública referente às diretrizes propostas começará no terceiro trimestre de 2025, com um período de feedback de 90 dias. Os resultados finais serão apresentados ao ISSB em 2026 para eventual adoção em escala global.
Conforme indicado pela EEA, esses novos padrões serão flexíveis e revisados constantemente, visando atender tanto às necessidades do mercado financeiro quanto às operações do setor hoteleiro. Esta parceria se prepara para atrair investimentos, garantir conformidade regulatória e contribuir com metas climáticas globais.
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