Brasil acumula 37,5 bilhões de toneladas de carbono orgânico no solo, destacando a importância da preservação ambiental

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Brasil acumula 37,5 bilhões de toneladas de carbono orgânico no solo, destacando a importância da preservação ambiental

Um novo estudo publicado pelo MapBiomas revela que o Brasil armazena cerca de 37,5 bilhões de toneladas de carbono orgânico, proveniente da decomposição de organismos vegetais e animais. Essa quantidade impressionante, que equivale a cerca de 37,5 milhões de caixas d’água de mil litros, destaca a importância do solo na discussão sobre as emissões de gases de efeito estufa, especialmente dado que mais da metade desse carbono se encontra na região da Amazônia.

As emissões de gás carbônico no Brasil no último ano foram de pouco mais de 2 bilhões de toneladas, o que torna ainda mais relevante a preservação dos ecossistemas. Para evitar que o carbono acumulado no solo seja liberado na atmosfera, é crucial aplicar técnicas que preservem esse recurso. Alessandro Samuel-Rosa, coordenador do MapBiomas Solo, enfatiza que a agricultura precisa adotar práticas conservacionistas e de baixo carbono para proteger esses estoques valiosos.

Segundo Samuel-Rosa, “toda vez que precisamos implementar cultivo agrícola em áreas onde havia vegetação natural, é fundamental que essas operações levem em conta princípios sustentáveis para manter os níveis de carbono no solo próximos aos que existiam antes da intervenção”.

Analisando os diferentes biomas, a Mata Atlântica se destaca como o mais rico em carbono por hectare, especialmente em áreas de clima mais frio, como os campos de altitude e florestas de araucária. Ecossistemas úmidos, como restingas e mangues, também favorecem o acúmulo de carbono. Em seguida, aparecem a Amazônia e o Pampa, enquanto a Caatinga e o Pantanal possuem os menores estoques de carbono, ressaltando a diversidade de capacidade de armazenamento entre os biomas brasileiros.

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