Recentemente, a cheia dos rios no estado do Amazonas atingiu aproximadamente 535 mil pessoas, conforme o último relatório emitido pelo governo local. Este fenômeno provocou impactos diretos em mais de 133 mil famílias, levando 40 municípios a declarar estado de emergência e outros 18 a entrar em alerta.
Segundo o Serviço Geológico do Brasil, as intensas chuvas nas últimas semanas afetaram significativamente o nível dos rios e afluentes, com a situação se agravando na segunda semana de julho. Entre os rios em destaque, o Rio Negro, que atravessa Manaus, e o Rio Amazonas, que abrange diversas cidades, como Itacoatiara, estão com níveis alarmantes, ultrapassando 29 metros em alguns pontos. O Rio Solimões, que banha Manacapuru e localidades vizinhas, também apresenta elevações preocupantes.
A educação também sente os efeitos da cheia, atingindo alunos em diversas regiões do interior do estado. Informações da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar revelam que 444 estudantes de quatro municípios, que incluem Anamã e Uarini, foram impactados. Para contornar essa situação, os alunos estão seguindo o calendário do programa “Aula em Casa”, uma iniciativa que permanece em vigor desde a pandemia de covid-19, sendo útil em casos de inundações.
No âmbito de assistência, a Operação Cheias, que começou em 16 de abril, já forneceu 580 toneladas de cestas básicas, 2.450 caixas d’água de 500 litros e 57 mil copos de água potável. A operação também distribuiu 10 kits de purificação e uma Estação de Tratamento Móvel de água. Além disso, 72 kits de medicamentos foram entregues às unidades de saúde, incluindo cilindros de oxigênio, em um esforço contínuo de ajuda humanitária.
A situação nos rios do Amazonas exige atenção máxima de todas as partes envolvidas. O desdobramento deste cenário ressalta a necessidade de apoio contínuo e planejamento estratégico para minimizar os impactos futuros.