A COP30, em Belém, Pará, chega ao final de sua primeira semana de negociações, com sinais positivos para o avanço das ações contra as mudanças climáticas. Este evento, que se estende até 21 de novembro, agora entrará em uma nova fase onde ministros de diversos países se reunirão para buscar acordos. A expectativa é que os debates se intensifiquem nos próximos dias, promovendo um verdadeiro progresso nas definições climáticas.
Florence Laloë, da Conservação Internacional, afirmou que os documentos discutidos estão sendo organizados para facilitar as decisões das nações participantes. Segundo ela, a agenda da COP30 foi adotada de forma ágil, um contraste com conferências anteriores. “Estamos num bom caminho”, disse, referindo-se à sistematização dos textos que abordam temas cruciais como adaptação e financiamento climático.
A participação ativa de países em desenvolvimento na discussão sobre a transição energética foi um dos pontos destacados pela pesquisadora Natalie Unterstell, representante do Instituto Talanoa. Ela mencionou a formação de uma nova coalizão entre essas nações voltada à redução do uso de combustíveis fósseis. “É um sinal positivo e uma evolução que não víamos antes”, ressaltou, referindo-se à adesão crescente destes países à causa climática.
Contudo, Unterstell também observou que as questões relacionadas à adaptação às mudanças climáticas e o financiamento necessário para apoiar os países mais vulneráveis ainda enfrentam desafios significativos. Essas pautas não avançaram no mesmo ritmo que outras discussões, o que representa um tema que requer maior atenção nas próximas sessões.
André Guimarães, diretor do IPAM – Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, destacou que a integridade da informação e a relação entre saúde e clima se tornaram tópicos relevantes nas conversações desta semana. Ele mencionou a necessidade de combater a desinformação, afirmando que a autenticidade das informações é crucial para o progresso. Além disso, salienta-se a importância de discutir os impactos climáticos na saúde pública, tema que ganhou espaço nas mesas de negociação.
À medida que a COP30 se desenrola, a pressão sobre os representantes internacionais aumenta, principalmente no que diz respeito à implementação de ações que possam impedir o aquecimento global. O foco continua a ser a criação de soluções eficazes e duradouras para mitigar as consequências das mudanças climáticas.
